Um dos objetivos do Programa COPAÍBAS é apoiar e fortalecer o protagonismo dos povos indígenas em processos voltados à redução do desmatamento no Cerrado e na Amazônia. Para isso, é destinado apoio financeiro a ações e projetos de comunidades e organizações indígenas ou indigenistas que promovam o bem-estar coletivo, respeitando as especificidades e a autonomia de cada povo na proteção dos recursos naturais de seus territórios. Além disso, busca-se valorizar a representatividade das mulheres indígenas em processos de tomada de decisão e ações voltadas para a gestão territorial e ambiental.
As iniciativas apoiadas pelo programa trazem impactos positivos diretos para diferentes públicos:
- Povos e comunidades indígenas no Cerrado e na Amazônia
- Grupos de interesse em uma população indígena, como jovens, mulheres, gestores, agentes ambientais, professores, lideranças políticas, lideranças tradicionais, pajés, dentre outros
- Organizações ou associações indígenas
Projetos apoiados
Conheça os projetos apoiados no eixo de Povos Indígenas por meio de chamadas de projetos.
O Programa direciona recursos para iniciativas realizadas por outras organizações.
Vigilância e monitoramento dos limites das Terras Indígenas Uaçá e Juminã (Oiapoque/AP)
Título em inglês: Monitoring and Surveillance of the Uaçá and Juminã Indigenous Lands boundaries (Oiapoque/AP)
Instituição Responsável: Associação Indígena do Povo Karipuna (Aika)
Resumo do projeto: Aprimorar a proteção territorial das Terras Indígenas (TIs) Uaçá e Juminã por meio de iniciativas indígenas autônomas de vigilância e monitoramento. O projeto pretende mobilizar representantes indígenas das cinco regiões do Oiapoque para pactuar estratégias conjuntas de ação.
Serão realizadas expedições frequentes de vigilância e monitoramento visando à manutenção dos limites secos da demarcação, à sua sinalização com placas e à identificação de potenciais invasões. Além das expedições, o projeto prevê a melhoria da infraestrutura de um posto de vigilância situado em um dos locais mais vulneráveis a invasões na região (especialmente de seu sistema de energia, comunicação e alojamento). Espera-se que as informações levantadas pelo projeto sobre invasões e atividades ilegais em território indígena contribuam para a atuação dos órgãos responsáveis por sua fiscalização. O projeto também prevê a elaboração de um plano de comunicação que buscará trazer informações sobre os resultados das expedições, contribuindo para a visibilização e fortalecimento das estratégias indígenas de vigilância e monitoramento dentro dos territórios, bem como para o seu reconhecimento por parte da sociedade de forma mais ampla.
Um dos grupos chave para a implementação do projeto são os Agentes Ambientais Indígenas, jovens formados como técnicos em meio ambiente, que estarão à frente das atividades nas aldeias.
Bioma: Amazônia
Estado: Amapá
Stakeholders: moradores das 64 aldeias dos povos Karipuna, Galibi Marworno e Palikur nas TIs Uaçá e Juminã, 40 agentes ambientais indígenas, Instituto de Pesquisa e Formação Indígena – Iepé, The Nature Conservancy (TNC), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Número de pessoas indígenas beneficiadas: 9.000
Número de mulheres indígenas beneficiadas: 5.000
Número de aldeias beneficiadas: 64
Número de organizações indígenas beneficiadas: 10
Terras Indígenas: Juminã; Uaçá
Área TIs (ha): 511.765,34
Povos: Karipuna, Galibi Marworno e Palikur
Projeto Ipa’wã (Copaíba): Etnomapeamento de áreas de copaibais na TI Xipaya (Aldeias Tukamã, Tukayá e Kaarimã) como estratégia de fortalecimento da gestão territorial e ambiental
Título em inglês: Ipa’wã Project: Ethnomapping of copaiba groves in the Xipaya Indigenous Land (Tukama, Tukayá and Kaarimã villages) as a strategy to strengthen its territorial and environmental management.
Instituição Responsável: Associação Indígena Pyjahyry Xipaia (AIPHX)
Resumo do projeto: Realizar o etnomapeamento de áreas de ocorrência de árvores de copaíba, como estratégia de fortalecimento da gestão territorial e ambiental da Terra Indígena Xipaya (Aldeias Tukamã, Tukayá e Kaarimã). O êxito do projeto estará condicionado ao alcance dos seguintes objetivos específicos: 1) Melhorar as condições de deslocamento dentro das áreas de interesse para extração de óleo de copaíba; 2) Identificar a distribuição espacial das áreas de interesse para exploração do óleo de copaíbas; 3) Desenvolver ações de divulgação do projeto; e 4) Capacitar e sensibilizar as famílias indígenas para a utilização da ferramenta de etnomapeamento como forma de aprimorar a Gestão Territorial e Ambiental.
Espera-se que o projeto proporcione a melhoria das condições socieconômicas das comunidades envolvidas, por meio da agregação de um novo produto do extrativismo; o fortalecimento do extrativismo nas áreas de ocorrência de copaibais; e o fortalecimento da gestão territorial e ambiental da Terra Indígena Xipaya, com a ampliação da área de efetivo uso da floresta. O projeto também irá contribuir para um melhor monitoramento territorial, uma vez que as áreas de copaibais ocorrem nas proximidades de limites da TI Xipaya. Portanto, regiões da florestas não (ou pouco) percorridas pelos indígenas passarão a ser mais frequentemente visitadas.
Bioma: Amazônia
Estado: Pará
Stakeholders: 14 famílias da aldeia Tukamã, 3 famílias da aldeia Kaarimã e 19 famílias da aldeia Tukayá, totalizando cerca de 140 indígenas; Universidade Federal do Pará (Campus Altamira).
Número de pessoas indígenas beneficiadas: 141
Número de mulheres indígenas beneficiadas: 68
Número de aldeias beneficiadas: 3
Número de organizações indígenas beneficiadas: 1
Terra Indígena: Xipaya
Área TI (ha): 178.723,02
Povo: Xipaya
Manejo do tracajá e abelhas feito pelos Agentes Ambientais Indígenas do Oiapoque (Amapá)
Título em inglês: Chelonians and bees management carried out by the Indígenous Environmental Agents of Oiapoque (Amapá)
Instituição Responsável: Associação das Mulheres Indígenas em Mutirão (AMIM)
Resumo do Projeto: O projeto tem o objetivo de fortalecer a segurança alimentar e conservação das terras indígenas (TIs) no Oiapoque (AP) pelo trabalho dos agentes ambientais indígenas, em parceria com as mulheres das comunidades envolvidas. A iniciativa compreende três linhas de ação principais: (1) apoio ao manejo e conservação do tracajá nas cinco regiões das TIs Galibi, Juminã e Uaçá; (2) retomada do projeto de criação de abelhas e produção de mel nestas terras indígenas; e (3) fortalecimento da AMIM e dos Agentes Ambientais Indígenas na execução de projetos e na implementação do PGTA das TIs do Oiapoque. Tanto o manejo do tracajá quanto a meliponicultura são práticas dos povos indígenas que fortalecem a segurança alimentar dos povos indígenas.
Bioma: Amazônia
Estado: Amapá
Stakeholders: Associados da Amim; povos indígenas Karipuna, Galibi Kali’na, Galibi Marworno e Palikur que vivem em 67 aldeias nas TIs Galibi, Juminã e Uaçá; grupo dos Agentes Ambientais Indígenas (AGAMIM), Instituto de Pesquisa e Formação Indígena – Iepé; Fundação Nacional dos Povos Indígenas – Funai.
Número de pessoas indígenas beneficiadas: Aproximadamente 9.000
Número de mulheres indígenas beneficiadas: Aproximadamente 5.000
Número de aldeias beneficiadas: 67
Número de organizações indígenas beneficiadas: 10
Terras Indígenas: Galibi; Juminã; Uaçá
Área TIs (ha): 518.454,53
Povos: Karipuna, Palikur, Galibi Marworno, Galibi Kali’na
Takatxi Nhipukutximyna – Plantio de árvores para nossa alimentação tradicional
Título em inglês: Takatxi Nhipukutximyna – Planting trees for our traditional food
Instituição Responsável: Associação dos Produtores Indígenas da Terra Caititu (APITC)
Resumo do Projeto: O projeto tem o objetivo de fomentar a produção sustentável e recuperação de áreas degradadas dentro da Terra Indígena Caititu, contribuindo para a implementação do seu Plano de Gestão Territorial e Ambiental – PGTA, em um contexto crítico de avanço de desmatamento do sul do Amazonas. A iniciativa também pretende proporcionar o fortalecimento institucional da APITC e a valorização de conhecimentos tradicionais de mulheres indígenas, especialmente relacionados ao cultivo de plantas medicinais e beneficiamento de frutos, raízes, sementes e flores.
É esperado que a iniciativa auxilie na redução dos impactos do desmatamento e conservação da floresta, e contribua para a segurança alimentar e saúde dentro da TI Caititu, que se encontra em um contexto cada vez mais complexo em função da proximidade do centro urbano de Lábrea.
Ao final do projeto, espera-se que a associação esteja mais fortalecida e com maior capacidade de gestão para contribuir diretamente no apoio às aldeias, absorvendo suas demandas. E, ainda, que fortaleça sua atuação no território, sua autonomia na busca por novas parcerias institucionais (locais e regionais) e sua resistência em demonstrar que outras formas de desenvolvimento e geração de renda com a floresta em pé são possíveis. O projeto terá duração de um ano e meio.
Bioma: Amazônia
Estado: Amazonas
Stakeholders: 89 associados da APITC; moradores das 20 aldeias envolvidas; Operação Amazônia Nativa – Opan.
Número de pessoas indígenas beneficiadas: 218
Número de mulheres indígenas beneficiadas: 89
Número de aldeias beneficiadas: 20
Número de organizações indígenas beneficiadas: 1
Terra Indígena: Caititu
Área TI (ha): 310.997,96
Povos: Apurinã, Paumari, Jamamadi e Karipuna
Takatxi Nhipukutximyna – Plantio de árvores para nossa alimentação tradicional
Título em inglês: Takatxi Nhipukutximyna – Planting trees for our traditional food
Instituição Responsável: Associação dos Produtores Indígenas da Terra Caititu (APITC)
Resumo do Projeto: O projeto tem o objetivo de fomentar a produção sustentável e recuperação de áreas degradadas dentro da Terra Indígena Caititu, contribuindo para a implementação do seu Plano de Gestão Territorial e Ambiental – PGTA, em um contexto crítico de avanço de desmatamento do sul do Amazonas. A iniciativa também pretende proporcionar o fortalecimento institucional da APITC e a valorização de conhecimentos tradicionais de mulheres indígenas, especialmente relacionados ao cultivo de plantas medicinais e beneficiamento de frutos, raízes, sementes e flores.
É esperado que a iniciativa auxilie na redução dos impactos do desmatamento e conservação da floresta, e contribua para a segurança alimentar e saúde dentro da TI Caititu, que se encontra em um contexto cada vez mais complexo em função da proximidade do centro urbano de Lábrea.
Ao final do projeto, espera-se que a associação esteja mais fortalecida e com maior capacidade de gestão para contribuir diretamente no apoio às aldeias, absorvendo suas demandas. E, ainda, que fortaleça sua atuação no território, sua autonomia na busca por novas parcerias institucionais (locais e regionais) e sua resistência em demonstrar que outras formas de desenvolvimento e geração de renda com a floresta em pé são possíveis. O projeto terá duração de um ano e meio.
Bioma: Amazônia
Estado: Amazonas
Stakeholders: 89 associados da APITC; moradores das 20 aldeias envolvidas; Operação Amazônia Nativa – Opan.
Número de pessoas indígenas beneficiadas: 218
Número de mulheres indígenas beneficiadas: 89
Número de aldeias beneficiadas: 20
Número de organizações indígenas beneficiadas: 1
Terra Indígena: Caititu
Área TI (ha): 310.997,96
Povos: Apurinã, Paumari, Jamamadi e Karipuna
Kapaju: Manejo sustentável do extrativismo do óleo de Copaíba nas TIs Parque do Tumucumaque e Rio Paru d’Este
Título em inglês: Kapaju: sustainable management of copaiba oil in Parque do Tumucumaque and Rio Paru D’Este Indigenous Lands
Instituição Responsável: Associação dos Povos Indígenas Waiana e Apalai (Apiwa)
Resumo do Projeto: O projeto tem o objetivo de fortalecer a cadeia de valor de óleo de copaíba de modo a aumentar a oferta de copaíba 100 % rastreável no Norte do Pará e Amapá, promovendo conservação da floresta, geração de renda para as populações locais a partir de atividades sustentáveis e do estabelecimento parcerias comerciais éticas.
As ações dessa proposta serão realizadas nas Terras Indígenas Parque do Tumucumaque (com 3.071.067 hectares) e na Terra Indígena Rio Paru d’Este (com 1.195.785 hectares). Por serem contíguas entre si, chamamos essas duas TIs de Complexo Tumucumaque. Este complexo territorial encontra-se na região em que o Brasil faz fronteira com o Suriname e a Guiana Francesa no Norte do Pará e Amapá.
Estas duas terras juntas somam cerca de 4 milhões de hectares, sendo umas das regiões mais preservadas da Amazônia e de difícil acesso, podendo se chegar somente através de fretes aéreos. São mais de 4 milhões de hectares preservados que se dividem em Floresta Amazônica, Matas Ciliciares e regiões de Campos e Cerrado. Nesta estão envolvidas as aldeias da região Leste do Tumucumaque e do Rio Paru d’Este, que envolve 23 aldeias indiretamente e diretamente 5 aldeias serão beneficiadas. A região de extrativismo do óleo de copaíba se dá na bacia do Rio Citaré, este é um dos principais afluentes do Rio Paru d’Este e abriga uma reserva de árvores de copaíba acessadas e descobertas pelos indígenas Waiana e Aparai.
O projeto atuará para i) consolidar boas práticas de manejo florestal em atividades extrativistas, visando capacitar os jovens e lideranças indígenas em técnicas de mapeamento florestal e boas práticas de produção que garantam conservação florestal e aumento da produção e ii) consolidar mecanismos que promovam relações comerciais éticas e favoreçam ambos os elos da cadeia, garantindo conservação florestal, na geração de renda e qualidade da produção.
Bioma: Amazônia
Estado: Amapá, Pará
Stakeholders: Associados da APIWA; população indígena dos povos Apalai e Wayana que vive nas TIs Parque do Tumucumaque e Rio Paru D’Este; Instituto de Pesquisa e Formação Indígena – Iepé; Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola – Imaflora; Origens Brasil.
Número de pessoas indígenas beneficiadas: 190 famílias
Número de mulheres indígenas beneficiadas: 63
Número de aldeias beneficiadas: 23
Número de organizações indígenas beneficiadas: 1
Terras Indígenas: Parque do Tumucumaque; Rio Paru D´Este
Área TIs (ha): 4.266.853,67
Povos: Apalai; Wayana
May Ūīti – vigiar a Terra, proteger a Terra, cuidar da Terra
Título em inglês: May Ūīti – surveil the Earth, protect the Earth, care for the Earth
Instituição Responsável: Cooperativa Agro-Extrativista Yawanawá (Coopyawa)
Resumo do Projeto: O Projeto May Ūīti – vigiar a Terra, proteger a Terra, cuidar da Terra tem o objetivo de apoiar e possibilitar a realização contínua e sistemática das ações de Gestão Territorial e Ambiental do Povo Yawanawá em sua Terra Indígena (TI), tendo como beneficiários principais indígenas das Aldeias Sagrada, Shukuvena, que receberão os equipamentos a serem adquiridos e, como beneficiários diretos das ações a serem empreendidas, indígenas da Aldeia Nova Esperança, por estar localizada em área contínua com as outras duas Aldeias.
Com foco na qualificação e aprimoramento da infraestrutura das Aldeias envolvidas, esse projeto prevê a aquisição e instalação de um kit de energia solar, barcos, motores e aparelhos de GPS a serem distribuídos igualmente entre as Aldeias Sagrada e Shukuvena, por serem pontos estratégicos de vigilância territorial, além de apoio a equipe de indígenas que atuarão nas ações de proteção e monitoramento ao longo de doze meses. Esses equipamentos darão suporte às ações de vigilância fluvial nos trechos dos Igarapés Iwiya, Apiuiri, Paturi, Kaxinawá, Marajá, bem como ao longo do Rio Gregório, na divisa da TI com terras não indígenas. Essas ações incluem limpeza no entorno de placas e marcos existentes em pontos estratégicos, bem como mapeamento das áreas limites da TI, visando à produção futura de mapas.
Bioma: Amazônia
Estado: Acre
Stakeholders: Associados da COOPYAWA; população das aldeias Nova Esperança, Shukuvena e Sagrada, na TI Rio Gregório.
Número de pessoas indígenas beneficiadas: 416
Número de mulheres indígenas beneficiadas: 196
Número de aldeias beneficiadas: 3
Número de organizações indígenas beneficiadas: 1
Terras Indígenas: Rio Gregório
Área TIs (ha): 92.859,75
Povos: Yawanawá
Construindo PGTAs no território Terena: cuidar da nossa terra, semear nosso futuro
Título em inglês: Building PGTAs in the Terena territory: taking care of our land, sowing our future
Instituição Responsável: Centro de Trabalho Indigenista (CTI)
Resumo do Projeto: O projeto visa fortalecer os processos de gestão territorial e ambiental das terras indígenas Buriti, Cachoeirinha e Taunay-Ipegue, habitadas pelo povo Terena na região dos municípios Dois Irmãos do Buriti, Miranda e Aquidauana, estado do Mato Grosso do Sul. A ação dará continuidade e se somará a projetos anteriores realizados no bojo de uma parceria entre o CTI e o Conselho do Povo Terena, que visam aumentar a autonomia das comunidades nos processos relacionados com a gestão de seus territórios, robustecendo a luta das lideranças pela demarcação de terras e pelo bem viver de suas comunidades e, ao mesmo tempo, contribuindo para a conservação e proteção da biodiversidade do Cerrado.
São objetivos específicos do projeto: (1) avançar na mobilização das aldeias das Terras Indígenas Taunay-Ipegue, Cachoeirinha e Buriti para a elaboração dos respectivos PGTAs; (2) fortalecer a formação de agentes ambientais terena, estimulando diálogos intergeracionais e de gênero nas comunidades; (3) fortalecer o Conselho do Povo Terena como organização indígena de base atuante na gestão das Terras Indígenas Terena.
O projeto terá duração de 24 meses e almeja alcançar os seguintes resultados: (a) comunidades com participação ativa nas atividades e informadas sobre a construção dos PGTAs.; (b) elaboração de etnomapas das TIs Buriti e Taunay-Ipegue e atualização do etnomapa da TI Cachoeirinha; (c) validação dos diagnósticos socioambientais das três Tis e pactuação de acordos internos; (d) atualização de dados socioambientais das TIs através de expedições de reconhecimento; (e) sensibilização os jovens sobre a relação entre gestão do território, preservação do ambiente e fortalecimento da cultura; ; (f) valorização dos modos tradicionais terena de cultivo agrícola; e (g) publicação dos PGTAs das três TIs.
Bioma: Cerrado
Estado: Mato Grosso do Sul
Stakeholders: Centro de Trabalho Indigenista; Conselho do Povo Terena; jovens terena; população das TIs Buriti, Cachoeirinha e Taunay-Ipegue.
Número de pessoas indígenas beneficiadas: 11.553
Número de mulheres indígenas beneficiadas: 60
Número de aldeias beneficiadas: 21
Número de organizações indígenas beneficiadas: 1
Terras Indígenas: Buriti; Cachoeirinha; Taunay/Ipegue
Área TIs (ha): 11.209,68
Povos: Terena
PGTA: Planejando o uso sustentável do nosso Território Capoto Jarina
Título em inglês: PGTA: Planning the sustainable use of our Capoto Jarina Territory
Instituição Responsável: Instituto Raoni
Resumo do Projeto: Esta proposta visa dar continuidade à elaboração do Plano de Gestão Territorial e Ambiental da TI Capoto/Jarina que se iniciou no ano de 2019, no qual foram feitos levantamentos de quantidades de aldeias, número de pessoas nas aldeias por família e realização do diagnóstico a partir da coleta de dados. O etnomapeamento que seguiria como uma segunda etapa da elaboração do plano de gestão, deveria acontecer no ano 2020, mas devido à COVID-19 não foi possível dar continuidade, pois segundo uma portaria da Funai somente trabalhos essenciais seriam feitos dentro da TI e com autorização da mesma. Neste ano de 2022 seguindo o protocolo exigido pelas comunidades, foi autorizada a continuação da elaboração do PGTA, sendo os próximos passos:
- Mobilizar as comunidades para a continuidade das atividades a partir da apresentação do resultado do diagnóstico e para formação de Grupo Indígena de Trabalho Estratégico – GITE (jovens e lideranças mulheres e homens, representação de cada povo da TI Capoto Jarina);
- Capacitar o Grupo Indígena de Trabalho Estratégico (GITE) na cos através de oficinas temáticas e estruturar o mecanismo de governanças territorial, ambiental e econômico da TI Capoto Jarina;
- Concretizar a matriz do Plano de Gestão Territorial e Ambiental da Terra Indígena Capoto Jarina para sua publicação e distribuição estratégica do Livro PGTA da TI Capoto Jarina; e
- Produzir um documentário e publicá-lo nas mídias sociais sobre o processo de construção do PGTA.
Bioma: Amazônia
Estado: Mato Grosso
Stakeholders: Associados do Instituto Raoni; população dos povos Mebêngôkre-Kayapó, Trumai, Tapayuna e Juruna na Terra Indígena Capoto Jarina.
Número de pessoas indígenas beneficiadas: 1.733
Número de mulheres indígenas beneficiadas: Aproximadamente 800
Número de aldeias beneficiadas: 16
Número de organizações indígenas beneficiadas: 3
Terras Indígenas: Capoto/Jarina
Área TIs (ha): 634.915,22
Povos: Mebengokre-Kayapó, Trumai, Juruna e Tapayuna
Ações de Implementação de Instrumentos de Gestão territorial e Ambiental na Terra Indígena Alto Turiaçu- MA
Título em inglês: Implementation of territorial and environmental management instruments in the Alto Turiaçu Indigenous Land
Instituição Responsável: Associação Ka’apor Ta Hury do Rio Gurupi
Resumo do Projeto: O projeto tem o objetivo de implementar instrumentos de gestão territorial e ambiental, realizando ações de vigilância, mapeamento e monitoramento do território, principalmente das áreas de maior incidência de invasões, bem como recuperação de áreas degradadas, apoio às atividades socioculturais das mulheres e jovens indígenas e fortalecimento de roças tradicionais, visando à segurança alimentar.
O projeto pretende realizar expedições de vigilância, mapeamento e monitoramento da Terra Indigena Alto Turiaçu; apoiar e promover práticas socioculturais e atividades das mulheres indígenas relacionadas à Gestão Territorial e Ambiental; recuperar áreas degradadas por meio de restauração florestal das áreas que têm sido mais afetadas pelo desmatamento ilegal; fortalecer o sistema produtivo tradicional Ka’apor e valorizar os conhecimentos e práticas associados, visando garantir a segurança alimentar; e, ainda, realizar atividades de formação relacionadas a todos objetivos específicos desta proposta.
Bioma: Amazônia
Estado: Maranhão
Stakeholders: indígenas que moram na TI Alto Turiaçu; associados da Associação Indígena Ka’apor Ta Hury do Rio Gurupi; guardiãs e guardiões da floresta da TI Alto Turiaçu.
Número de pessoas indígenas beneficiadas: 1.863
Número de mulheres indígenas beneficiadas: Aproximadamente 25
Número de aldeias beneficiadas: 16
Número de organizações indígenas beneficiadas: 1
Terras Indígenas: Alto Turiaçu
Área TIs (ha): 530.524,74
Povo: Ka’apor
Ugorogmo: proteção e vigilância territorial na Terra Indígena Arara
Título em inglês: Ugorogmo: protection and territorial surveillance in the Arara Indigenous Land
Instituição Responsável: Associação do Povo Indígena Arara (Ugorogmo)
Resumo do Projeto: O projeto pretende realizar atividades para o fortalecimento das ações de Gestão Territorial Indígena da Terra Indígena (TI) Arara. A proposta é realizar capacitações técnicas para a vigilância e proteção do território, organizar ações e protocolos para o monitoramento das entradas de não indígenas de forma articulada entre todas as sete aldeias (Laranjal, Magarapi-Eby, Arombi, Ieury, Tagagem, Aradó e Auri), notificando os órgãos competentes para fiscalização e abordagem. Pretende, ainda, estruturar uma casa de apoio para vigilância com internet nas aldeias, equipada com outros instrumentos utilizados para a vigilância e monitoramento territorial. Também será realizada uma expedição aos limites da TI, com o intuito de avaliar as entradas e invasões de não indígenas e mapear as áreas mais vulneráveis.
Bioma: Amazônia
Estado: Pará
Stakeholders: indígenas das 88 famílias que moram na TI Arara; associados da Ugorogmo; agentes indígenas que participarão das capacitações; Unileya Educacional S.A.; Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Número de pessoas indígenas beneficiadas: 364
Número de mulheres indígenas beneficiadas: 179
Número de aldeias beneficiadas: 7
Número de organizações indígenas beneficiadas: 1
Terras Indígenas: Arara
Área TIs (ha): 274.010,02
Povo: Arara
No “terreiro de casa”: sob o olhar feminino
Título em inglês: In the “home yard”: under feminine gaze
Instituição Responsável: Associação Vyty Cati das Comunidades Indígenas Timbira do Maranhão e Tocantins
Resumo do Projeto: O projeto tem os seguintes objetivos: fortalecer a gestão territorial das Terras Indígenas (TI) Krikati e Kraholândia por meio do protagonismo e o do empoderamento das mulheres e suas dinâmicas sociais locais; e proporcionar o fortalecimento da soberania alimentar e nutricional local e as práticas tradicionais dos usos dos remédios do mato a partir do manejo, enriquecimento e instalação de quintais agroflorestais. Os Povos Timbira produzem alimentos a partir dos seus modos tradicionais. Além das roças no toco, os quintais são importantes espaços de produção de alimentos e é ali onde é bastante expressivo o protagonismo das mulheres. Os quintais produtivos têm um papel fundamental nessas comunidades, pois além de produzir uma variedade de alimentos saudáveis, nesses quintais são criados pequenos animais e cultivadas algumas espécies medicinais que são usadas para tratamentos de saúde. Esses espaços se localizam nos “terreiros” das casas e são espaços de ocupação, movimentação e domínio eminentemente femininos, exercendo um papel fundamental na visibilidade dessas mulheres indígenas, tornando-as protagonistas de suas próprias histórias, além de contribuir para a segurança alimentar de sua família e para o desenvolvimento sustentável de seu território.
Dentre as atividades, pretende-se realizar andanças no território para identificar espécies que possam ser incorporadas nos quintais, envolvendo o levantamento de informações sobre o território e o uso dessas espécies; elaborar material audiovisual com as mulheres abordando o seu olhar sobre o território; realizar intercâmbio para a troca de conhecimentos entre mulheres Krahô e Krikati; instalar novos quintais e enriquecer quintais já existentes; e realizar oficinas com mulheres dos dois povos mencionados.
Bioma: Cerrado
Estados: Maranhão e Tocantins
Stakeholders: moradores de 11 aldeias nas TIs Kraolândia e Krikati; 50 mulheres indígenas destas aldeias; associados da Vyty Cati; Centro de Trabalho Indigenista (CTI); Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Número de pessoas indígenas beneficiadas: 1.100
Número de mulheres indígenas beneficiadas: 650
Número de aldeias beneficiadas: 9
Número de organizações indígenas beneficiadas: 1
Terras Indígenas: Krikati; Kraolândia
Área TIs (ha): 447.309,18
Povos: Krikati; Krahô
Guerreiras da floresta fortalecendo a cultura Tenetehar promovendo a gestão territorial e ambiental na TI Caru
Título em inglês: Forest warrior women strengthening the Tenetehar culture by promoting territorial and environmental management in Caru Indigenous Land
Instituição Responsável: Associação Indígena Comunitária Wirazu dos Índios Guajajara das Aldeias Maçaranduba, Santa Rita, Canaã, Nova Vida e Caru II
Resumo do Projeto: O projeto tem o objetivo de Fortalecer a ampliar a contribuição das Guerreiras da Floresta no monitoramento, proteção e conservação da floresta e de todas as formas de vida e ancestralidades, por meio de Gestão Territorial e Ambiental na Terra Indígena Caru. Para atingir esse objetivo, pretende ampliar as opções das Guerreiras da Floresta no monitoramento territorial em pontos estratégicos desta TI; fomentar o diálogo entre diferentes povos acerca do papel das mulheres indígenas na gestão e preservação ambiental e valorização da identidade cultural; e fortalecer a atuação das Guerreiras da Floresta nas lideranças de projetos, como mecanismo de transformação social e de governança. Dentre as atividades previstas, serão realizadas expedições, seminários, um intercâmbio com indígenas da região do Alto Solimões (AM), oficinas e capacitação para uso de sites e mídias sociais.
Bioma: Amazônia
Estados: Maranhão
Stakeholders: moradores, grupo de guardiões, Guerreiras da Floresta e brigadistas indígenas da TI Caru; associados da Wirazu.
Número de pessoas indígenas beneficiadas: 413
Número de mulheres indígenas beneficiadas: 37
Número de aldeias beneficiadas: 7
Número de organizações indígenas beneficiadas: 1
Terras Indígenas: Caru
Área TIs (ha): 172.667,37
Povos: Guajajara, Awa Guaja e Isolados
Proponente: Coopyawa – Cooperativa Agro-Extrativista Yawanawá
Povos: Yawanawá
Terras Indígenas: Rio Gregório (AC)
Proponente: Ipeax – Instituto de Pesquisa Etnoambiental do Xingu
Povos: Aweti, Ikpeng, Kalapalo, Kamaiurá, Kawaiete, Kisêdjê, Kuikuru, Matipu, Mehinako, Nahukuá, Narovotu, Ta-payuna, Trumai, Waurá, Yawalapiti e Yudja
Terras Indígenas: Parque do Xingu (MT)
Proponente: IR – Instituto Raoni
Povos: Mebengokre-Kayapó, Trumai, Juruna e Tapayuna
Terras Indígenas: Capoto/Jarina (MT)
Proponente: Ugorogmo – Associação do Povo Indígena Arara
Povos: Arara
Terras Indígenas: Arara (PA)