Projetos Apoiados

Conheça os projetos apoiados pelo Programa COPAÍBAS. A seleção é feita por meio de chamadas de projetos e as organizações recebem recursos para realizar as iniciativas.

RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural)

O projeto RPPN Vale dos Encantados, executado pela Fadenor, tem como objetivo apoiar a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) em áreas de Cerrado inseridas na Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço.

Dentre os objetivos específicos prevê a criação de duas RPNNs, a conscientização sobre a importância da criação de Reservas Particulares e a identificação de mais proprietários interessados na criação de RPPNs na região.

Serão realizadas reuniões em comunidades com o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente para a divulgação do projeto. A partir destas reuniões, a Fadenor realizará visitas técnicas nas propriedades interessadas.

Nesta etapa, serão realizados os monitoramentos de flora e fauna para demostrar a importância ecológica da área. Assim, com base nas informações anteriores, a instituição realizará o mapeamento das áreas, verificará a localização das mesmas em relação à Unidade de Conservação mais próxima, o Parque Nacional Sempre Vivas (PNSV), e fará a conectividade destas com fragmentos de áreas naturais.

O projeto tem duração de 18 meses e espera-se que ao final sejam criadas duas RPPNs no município de Olhos D’Água, somando 130 hectares, de forma a contribuir para a conexão de fragmentos de áreas naturais dentro da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço. Além disso, busca-se promover o interesse por parte de outros proprietários para a futura criação de outras RPPNs, o que possibilitará ao município o aumento do valor do ICMS Ecológico recebido, a ampliação do ecoturismo e o ganho ambiental.

Situação: em andamento

Ano de início: 2022

Bioma: Cerrado

Projeto Aroeira para Conservação de Terras Privadas, executado pela Funatura, tem como objetivo contribuir com a redução do desmatamento, protegendo áreas particulares relevantes no Cerrado, localizadas nos maiores fragmentos de Cerrado contínuo do país, a Chapada dos Veadeiros (GO) e o Jalapão (TO).

Para alcance desse objetivo o projeto atuará em duas linhas de ação que são: criação de Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs) e a elaboração de planos de manejo.

Para a criação de RPPNs foram selecionadas cinco propriedades na região da Chapada dos Veadeiros. Foram priorizadas áreas localizadas no setor Sul de Veadeiros, onde está localizado o Parque Estadual Águas do Paraíso (PEAP). Destas, duas estão na bacia do rio dos Couros, uma na nascente (Planeta Verde) e outra na foz (Flor do Cerrado), limítrofe ao PEAP; e outras três (Terra Krya 1, Terra Krya 2 e Terra Krya 3) na bacia do Tocantinzinho, a cerca de 14 km do Parque.

Para a elaboração dos Planos de Manejo foram selecionadas sete RPPNs, sendo seis na Chapada dos Veadeiros e uma no Estado de Tocantins, localizada a menos de 10 km do Parque Estadual do Jalapão, considerada uma das áreas privadas mais relevantes da região.

Das sete RPPNs que receberão apoio para elaboração dos Planos de Manejo, cinco são iniciativas de mulheres que adquiriram as áreas para conservação. As outras duas também têm forte contribuição de mulheres participando ativamente da iniciativa, mas dividindo com outros atores.

O projeto tem duração total de 18 meses e espera-se que ao final sejam criadas cinco RPPNs, somando ao todo 500 hectares. Também serão elaborados sete Planos de Manejo de outras RPPNs já criadas, somando 1.470 hectares. No total serão 12 RPPNs atendidas pelo projeto, contribuindo com a proteção de aproximadamente 2.000 hectares.

Situação: em andamento

Ano de início: 2022

Bioma: Cerrado

O projeto Mosaicos de Proteção do Cerrado, desenvolvido pelo Instituto Cerrados, tem três objetivos: (1) Elaborar o Plano de Manejo de 11 Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs); (2) Submeter 10 propostas de criação de RPPNs ao ICMBIO; (3) Disponibilizar o Suindara, Sistema de Alerta de Queimadas e Desmatamento, e equipamentos de combate ao fogo.

O primeiro objetivo concentra esforços no Mosaico de Proteção da Serra dos Pireneus, o mosaico mais denso de RPPNs do país. Serão elaborados os Planos de Manejo das RPPNs selecionadas, que serão feitos de forma integrada, tendo em vista a proximidade e o contexto ecológico em que estão inseridas.

O segundo objetivo inclui a criação de RPPNs nos municípios goianos de Cavalcante, Teresina de Goiás, Mambaí, Pirenópolis e o município de Buritis, em Minas Gerais. Esse trabalho dá continuidade às ações no estado, onde já são apoiadas 22 RPPNs.

Tendo em vista a importância intrínseca do manejo adequado do fogo na conservação do Cerrado, o projeto fornecerá às RPPNs contempladas, apoio para mitigar os efeitos das queimadas não programadas por meio do acesso ao Suindara – Sistema de Alerta de Queimadas e Desmatamento, bem como capacitação e equipamentos de combate e prevenção ao fogo para as brigadas envolvidas.

O projeto tem duração total de 18 meses e espera-se que ao final sejam criadas 11 RPPNs (somando 1.614 hectares) e sejam elaborados planos de manejo de outras 11 RPPNs já criadas (somando 64 hectares).

Situação: em andamento

Ano de início: 2022

Bioma: Cerrado

O projeto BRPPN Cerrado, desenvolvido pela SOS Sertão, visa a elaboração de Planos de Manejo de quatro Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs), além da mobilização para criação de três novas RPPNs, sendo uma delas a RPPN Brisa do Indaiá, localizada no município de Quartel Geral/MG, com 33 hectares.

A metodologia utilizada para a elaboração dos Planos de Manejo seguirá o roteiro de elaboração para RPPNs publicado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade em 2015.

O projeto tem duração total de 18 meses e espera-se que ao final sejam criadas três RPPNs, somando 40 hectares ao todo. Além disso, serão elaborados quatro planos de manejo de outras RPPNs já criadas, somando 1.995,43 hectares. No total serão sete RPPNs atendidas, contribuindo com a proteção de mais de 2.000 hectares no Cerrado.

Situação: em andamento

Ano de início: 2022

Bioma: Cerrado

Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas

Vigilância e monitoramento dos limites das Terras Indígenas Uaçá e Juminã (Oiapoque/AP)

Título em inglês: Monitoring and Surveillance of the Uaçá and Juminã Indigenous Lands boundaries (Oiapoque/AP)

Instituição Responsável: Associação Indígena do Povo Karipuna (Aika)

Resumo do projeto: Aprimorar a proteção territorial das Terras Indígenas (TIs) Uaçá e Juminã por meio de iniciativas indígenas autônomas de vigilância e monitoramento. O projeto pretende mobilizar representantes indígenas das cinco regiões do Oiapoque para pactuar estratégias conjuntas de ação. 

Serão realizadas expedições frequentes de vigilância e monitoramento visando à manutenção dos limites secos da demarcação, à sua sinalização com placas e à identificação de potenciais invasões. Além das expedições, o projeto prevê a melhoria da infraestrutura de um posto de vigilância situado em um dos locais mais vulneráveis a invasões na região (especialmente de seu sistema de energia, comunicação e alojamento). Espera-se que as informações levantadas pelo projeto sobre invasões e atividades ilegais em território indígena contribuam para a atuação dos órgãos responsáveis por sua fiscalização. O projeto também prevê a elaboração de um plano de comunicação que buscará trazer informações sobre os resultados das expedições, contribuindo para a visibilização e fortalecimento das estratégias indígenas de vigilância e monitoramento dentro dos territórios, bem como para o seu reconhecimento por parte da sociedade de forma mais ampla.

Um dos grupos chave para a implementação do projeto são os Agentes Ambientais Indígenas, jovens formados como técnicos em meio ambiente, que estarão à frente das atividades nas aldeias. 

Bioma:  Amazônia

Estado: Amapá

Stakeholders: moradores das 64 aldeias dos povos Karipuna, Galibi Marworno e Palikur nas TIs Uaçá e Juminã, 40 agentes ambientais indígenas, Instituto de Pesquisa e Formação Indígena – Iepé, The Nature Conservancy (TNC), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Número de pessoas indígenas beneficiadas: 9.000

Número de mulheres indígenas beneficiadas: 5.000

Número de aldeias beneficiadas: 64

Número de organizações indígenas beneficiadas: 10

Terras Indígenas: Juminã; Uaçá

Área TIs (ha): 511.765,34

Povos: Karipuna, Galibi Marworno e Palikur

Povos: Guajajara, Awa Guaja e Isolados

Terras Indígenas: Caru (MA)

Projeto Ipa’wã (Copaíba): Etnomapeamento de áreas de copaibais na TI Xipaya (Aldeias Tukamã, Tukayá e Kaarimã) como estratégia de fortalecimento da gestão territorial e ambiental

Título em inglês: Ipa’wã Project: Ethnomapping of copaiba groves in the Xipaya Indigenous Land (Tukama, Tukayá and Kaarimã villages) as a strategy to strengthen its territorial and environmental management.

Instituição Responsável: Associação Indígena Pyjahyry Xipaia (AIPHX)

Resumo do projeto: Realizar o etnomapeamento de áreas de ocorrência de árvores de copaíba, como estratégia de fortalecimento da gestão territorial e ambiental da Terra Indígena Xipaya (Aldeias Tukamã, Tukayá e Kaarimã). O êxito do projeto estará condicionado ao alcance dos seguintes objetivos específicos: 1) Melhorar as condições de deslocamento dentro das áreas de interesse para extração de óleo de copaíba; 2) Identificar a distribuição espacial das áreas de interesse para exploração do óleo de copaíbas; 3) Desenvolver ações de divulgação do projeto; e 4) Capacitar e sensibilizar as famílias indígenas para a utilização da ferramenta de etnomapeamento como forma de aprimorar a Gestão Territorial e Ambiental. 

Espera-se que o projeto proporcione a melhoria das condições socieconômicas das comunidades envolvidas, por meio da agregação de um novo produto do extrativismo; o fortalecimento do extrativismo nas áreas de ocorrência de copaibais; e o fortalecimento da gestão territorial e ambiental da Terra Indígena Xipaya, com a ampliação da área de efetivo uso da floresta. O projeto também irá contribuir para um melhor monitoramento territorial, uma vez que as áreas de copaibais ocorrem nas proximidades de limites da TI Xipaya. Portanto, regiões da florestas não (ou pouco) percorridas pelos indígenas passarão a ser mais frequentemente visitadas.

Bioma:  Amazônia

Estado: Pará

Stakeholders: 14 famílias da aldeia Tukamã, 3 famílias da aldeia Kaarimã e 19 famílias da aldeia Tukayá, totalizando cerca de 140 indígenas; Universidade Federal do Pará (Campus Altamira).

Número de pessoas indígenas beneficiadas: 141

Número de mulheres indígenas beneficiadas: 68

Número de aldeias beneficiadas: 3

Número de organizações indígenas beneficiadas: 1

Terra Indígena: Xipaya

Área TI (ha): 178.723,02

Povo: Xipaya

Manejo do tracajá e abelhas feito pelos Agentes Ambientais Indígenas do Oiapoque (Amapá)

Título em inglês: Chelonians and bees management carried out by the Indígenous Environmental Agents of Oiapoque (Amapá)

Instituição Responsável: Associação das Mulheres Indígenas em Mutirão (Amim)

Resumo do Projeto: O projeto tem o objetivo de fortalecer a segurança alimentar e conservação das terras indígenas (TIs) no Oiapoque (AP) pelo trabalho dos agentes ambientais indígenas, em parceria com as mulheres das comunidades envolvidas. A iniciativa compreende três linhas de ação principais: (1) apoio ao manejo e conservação do tracajá nas cinco regiões das TIs Galibi, Juminã e Uaçá; (2) retomada do projeto de criação de abelhas e produção de mel nestas terras indígenas; e (3) fortalecimento da AMIM e dos Agentes Ambientais Indígenas na execução de projetos e na implementação do PGTA das TIs do Oiapoque. Tanto o manejo do tracajá quanto a meliponicultura são práticas dos povos indígenas que fortalecem a segurança alimentar dos povos indígenas.

Bioma:  Amazônia

Estado: Amapá

Stakeholders: Associados da AMIM; povos indígenas Karipuna, Galibi Kali’na, Galibi Marworno e Palikur que vivem em 67 aldeias nas TIs Galibi, Juminã e Uaçá; grupo dos Agentes Ambientais Indígenas (AGAMIN), Instituto de Pesquisa e Formação Indígena – Iepé; Fundação Nacional dos Povos Indígenas – Funai.

Número de pessoas indígenas beneficiadas: Aproximadamente 9.000

Número de mulheres indígenas beneficiadas: Aproximadamente 5.000

Número de aldeias beneficiadas: 67

Número de organizações indígenas beneficiadas: 10

Terras Indígenas: Galibi; Juminã; Uaçá

Área TIs (ha): 518.454,53

Povos: Karipuna, Palikur, Galibi Marworno, Galibi Kali’na

Takatxi Nhipukutximyna – Plantio de árvores para nossa alimentação tradicional

 Título em inglês: Takatxi Nhipukutximyna Planting trees for our traditional food

Instituição Responsável: Associação dos Produtores Indígenas da Terra Caititu (APITC)

Resumo do Projeto: O projeto tem o objetivo de fomentar a produção sustentável e recuperação de áreas degradadas dentro da Terra Indígena Caititu, contribuindo para a implementação do seu Plano de Gestão Territorial e Ambiental – PGTA, em um contexto crítico de avanço de desmatamento do sul do Amazonas. A iniciativa também pretende  proporcionar o fortalecimento institucional da APITC e a valorização de conhecimentos tradicionais de mulheres indígenas, especialmente relacionados ao cultivo de plantas medicinais e beneficiamento de frutos, raízes, sementes e flores.

É esperado que a iniciativa auxilie na redução dos impactos do desmatamento e conservação da floresta, e contribua para a segurança alimentar e saúde dentro da  TI Caititu, que se encontra em um contexto cada vez mais complexo em função da proximidade do centro urbano de Lábrea.

Ao final do projeto, espera-se que a associação esteja mais fortalecida e com maior capacidade de gestão para contribuir diretamente no apoio às aldeias, absorvendo suas demandas. E, ainda, que fortaleça sua atuação no território, sua autonomia na busca por novas parcerias institucionais (locais e regionais) e sua resistência em demonstrar que outras formas de desenvolvimento e geração de renda com a floresta em pé são possíveis. O projeto terá duração de um ano e meio.

Bioma:  Amazônia

Estado: Amazonas

Stakeholders: 89 associados da APITC; moradores das 20 aldeias envolvidas; Operação Amazônia Nativa – Opan.

Número de pessoas indígenas beneficiadas: 218

Número de mulheres indígenas beneficiadas: 89

Número de aldeias beneficiadas: 20

Número de organizações indígenas beneficiadas: 1

Terra Indígena: Caititu

Área TI (ha): 310.997,96

Povos: Apurinã, Paumari, Jamamadi e Karipuna

Kapaju: Manejo sustentável do extrativismo do óleo de Copaíba nas TIs Parque do Tumucumaque e Rio Paru d’Este

Título em inglês: Kapaju: sustainable management of copaiba oil in Parque do Tumucumaque and Rio Paru D’Este Indigenous Lands

Instituição Responsável: Associação dos Povos Indígenas Waiana e Apalai (Apiwa)

Resumo do Projeto: O projeto tem o objetivo de fortalecer a cadeia de valor de óleo de copaíba de modo a aumentar a oferta de copaíba 100 % rastreável no Norte do Pará e Amapá, promovendo conservação da floresta, geração de renda para as populações locais a partir de atividades sustentáveis e do estabelecimento parcerias comerciais éticas.

As ações dessa proposta serão realizadas nas Terras Indígenas Parque do Tumucumaque (com 3.071.067 hectares) e na Terra Indígena Rio Paru d’Este (com 1.195.785 hectares). Por serem contíguas entre si, chamamos essas duas TIs de Complexo Tumucumaque. Este complexo territorial encontra-se na região em que o Brasil faz fronteira com o Suriname e a Guiana Francesa no Norte do Pará e Amapá.

Estas duas terras juntas somam cerca de 4 milhões de hectares, sendo umas das regiões mais preservadas da Amazônia e de difícil acesso, podendo se chegar somente através de fretes aéreos. São mais de 4 milhões de hectares preservados que se dividem em Floresta Amazônica, Matas Ciliciares e regiões de Campos e Cerrado. Nesta estão envolvidas as aldeias da região Leste do Tumucumaque e do Rio Paru d’Este, que envolve 23 aldeias indiretamente e diretamente 5 aldeias serão beneficiadas. A região de extrativismo do óleo de copaíba se dá na bacia do Rio Citaré, este é um dos principais afluentes do Rio Paru d’Este e abriga uma reserva de árvores de copaíba acessadas e descobertas pelos indígenas Waiana e Aparai.

O projeto atuará para i) consolidar boas práticas de manejo florestal em atividades extrativistas, visando capacitar os jovens e lideranças indígenas em técnicas de mapeamento florestal e boas práticas de produção que garantam conservação florestal e aumento da produção e ii) consolidar mecanismos que promovam relações comerciais éticas e favoreçam ambos os elos da cadeia, garantindo conservação florestal, na geração de renda e qualidade da produção.

Bioma:  Amazônia

Estado: Amapá, Pará

Stakeholders: Associados da APIWA; população indígena dos povos Apalai e Wayana que vive nas TIs Parque do Tumucumaque e Rio Paru D’Este; Instituto de Pesquisa e Formação Indígena – Iepé; Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola – Imaflora; Origens Brasil.

Número de pessoas indígenas beneficiadas: 190 famílias

Número de mulheres indígenas beneficiadas: 63

Número de aldeias beneficiadas: 23

Número de organizações indígenas beneficiadas: 1

Terras Indígenas: Parque do Tumucumaque; Rio Paru D´Este

Área TIs (ha): 4.266.853,67

Povos: Apalai; Wayana

May Ūīti – vigiar a Terra, proteger a Terra, cuidar da Terra

Título em inglês: May Ūīti – surveil the Earth, protect the Earth, care for the Earth

Instituição Responsável: Cooperativa Agro-Extrativista Yawanawá (Coopyawa)

Resumo do Projeto: O Projeto May Ūīti – vigiar a Terra, proteger a Terra, cuidar da Terra tem o objetivo de apoiar e possibilitar a realização contínua e sistemática das ações de Gestão Territorial e Ambiental do Povo Yawanawá em sua Terra Indígena (TI), tendo como beneficiários principais indígenas das Aldeias Sagrada, Shukuvena, que receberão os equipamentos a serem adquiridos e, como beneficiários diretos das ações a serem empreendidas, indígenas da Aldeia Nova Esperança, por estar localizada em área contínua com as outras duas Aldeias.

Com foco na qualificação e aprimoramento da infraestrutura das Aldeias envolvidas, esse projeto prevê a aquisição e instalação de um kit de energia solar, barcos, motores e  aparelhos de GPS a serem distribuídos igualmente entre as Aldeias Sagrada e Shukuvena, por serem pontos estratégicos de vigilância territorial, além de apoio a equipe de indígenas que atuarão nas ações de proteção e monitoramento ao longo de doze meses. Esses equipamentos darão suporte às ações de vigilância fluvial nos trechos dos Igarapés Iwiya, Apiuiri, Paturi, Kaxinawá, Marajá, bem como ao longo do Rio Gregório, na divisa da TI com terras não indígenas. Essas ações incluem limpeza no entorno de placas e marcos existentes em pontos estratégicos, bem como mapeamento das áreas limites da TI, visando à produção futura de mapas. 

Bioma:  Amazônia

Estado: Acre

Stakeholders: Associados da COOPYAWA; população das aldeias Nova Esperança, Shukuvena e Sagrada, na TI Rio Gregório.

Número de pessoas indígenas beneficiadas: 416

Número de mulheres indígenas beneficiadas: 196

Número de aldeias beneficiadas: 3

Número de organizações indígenas beneficiadas: 1

Terras Indígenas: Rio Gregório

Área TIs (ha): 92.859,75

Povos: Yawanawá

Construindo PGTAs no território Terena: cuidar da nossa terra, semear nosso futuro

Título em inglês: Building PGTAs in the Terena territory: taking care of our land, sowing our future

Instituição Responsável: Centro de Trabalho Indigenista (CTI)

Resumo do Projeto: O projeto visa fortalecer os processos de gestão territorial e ambiental das terras indígenas Buriti, Cachoeirinha e Taunay-Ipegue, habitadas pelo povo Terena na região dos municípios Dois Irmãos do Buriti, Miranda e Aquidauana, estado do Mato Grosso do Sul. A ação dará continuidade e se somará a projetos anteriores realizados no bojo de uma parceria entre o CTI e o Conselho do Povo Terena, que visam aumentar a autonomia das comunidades nos processos relacionados com a gestão de seus territórios, robustecendo a luta das lideranças pela demarcação de terras e pelo bem viver de suas comunidades e, ao mesmo tempo, contribuindo para a conservação e proteção da biodiversidade do Cerrado. 

São objetivos específicos do projeto: (1) avançar na mobilização das aldeias das Terras Indígenas Taunay-Ipegue, Cachoeirinha e Buriti para a elaboração dos respectivos PGTAs; (2) fortalecer a formação de agentes ambientais terena, estimulando diálogos intergeracionais e de gênero nas comunidades; (3) fortalecer o Conselho do Povo Terena como organização indígena de base atuante na gestão das Terras Indígenas Terena.

O projeto terá duração de 24 meses e almeja alcançar os seguintes resultados: (a) comunidades com participação ativa nas atividades e informadas sobre a construção dos PGTAs.; (b) elaboração de etnomapas das TIs Buriti e Taunay-Ipegue e atualização do etnomapa da TI Cachoeirinha; (c) validação dos diagnósticos socioambientais das três Tis e pactuação de acordos internos; (d) atualização de dados socioambientais das TIs através de expedições de reconhecimento; (e) sensibilização os jovens sobre a relação entre gestão do território, preservação do ambiente e fortalecimento da cultura; ; (f) valorização dos modos tradicionais terena de cultivo agrícola; e (g) publicação dos PGTAs das três TIs.  

Bioma:  Cerrado

Estado: Mato Grosso do Sul

Stakeholders: Centro de Trabalho Indigenista; Conselho do Povo Terena; jovens terena; população das TIs Buriti, Cachoeirinha e Taunay-Ipegue.

Número de pessoas indígenas beneficiadas: 11.553

Número de mulheres indígenas beneficiadas: 60

Número de aldeias beneficiadas: 21

Número de organizações indígenas beneficiadas: 1

Terras Indígenas: Buriti; Cachoeirinha; Taunay/Ipegue

Área TIs (ha): 11.209,68

Povos: Terena

PGTA: Planejando o uso sustentável do nosso Território Capoto Jarina

Título em inglês: PGTA: Planning the sustainable use of our Capoto Jarina Territory

Instituição Responsável: Instituto Raoni 

Resumo do Projeto: Esta proposta visa dar continuidade à elaboração do Plano de Gestão Territorial e  Ambiental da TI Capoto/Jarina que se iniciou no ano de 2019, no qual foram feitos levantamentos de quantidades de aldeias, número de pessoas nas aldeias por família e realização do diagnóstico a partir da coleta de dados. O etnomapeamento que seguiria como uma segunda etapa da elaboração do plano de gestão, deveria acontecer no ano 2020, mas devido à COVID-19 não foi possível dar continuidade, pois segundo uma portaria da Funai somente trabalhos essenciais seriam feitos dentro da TI e com autorização da mesma. Neste  ano de 2022 seguindo o protocolo exigido pelas comunidades, foi autorizada a continuação da elaboração do PGTA, sendo os próximos passos: 

  1.  Mobilizar as comunidades para a continuidade das atividades a partir da apresentação do resultado do diagnóstico e para formação de Grupo Indígena de Trabalho Estratégico –  GITE (jovens e lideranças mulheres e homens, representação de cada povo da TI Capoto Jarina);
  2. Capacitar o Grupo Indígena de Trabalho Estratégico (GITE) na cos através de oficinas temáticas e estruturar o mecanismo de governanças territorial, ambiental e econômico da TI Capoto Jarina;
  3. Concretizar a matriz do Plano de Gestão Territorial e Ambiental da Terra Indígena Capoto Jarina para sua publicação e distribuição estratégica do Livro PGTA da TI Capoto Jarina; e
  4. Produzir um documentário e publicá-lo nas mídias sociais sobre o processo de construção do PGTA.

Bioma:  Amazônia

Estado: Mato Grosso

Stakeholders: Associados do Instituto Raoni; população dos povos Mebêngôkre-Kayapó, Trumai, Tapayuna e Juruna na Terra Indígena Capoto Jarina.

Número de pessoas indígenas beneficiadas: 1.733

Número de mulheres indígenas beneficiadas: Aproximadamente 800

Número de aldeias beneficiadas: 16

Número de organizações indígenas beneficiadas: 3

Terras Indígenas: Capoto/Jarina

Área TIs (ha): 634.915,22

Povos: Mebengokre-Kayapó, Trumai, Juruna e Tapayuna

Ações de Implementação de Instrumentos de Gestão territorial e Ambiental na Terra Indígena Alto Turiaçu- MA

Título em inglês: Implementation of territorial and environmental management instruments in the Alto Turiaçu Indigenous Land 

Instituição Responsável: Associação Ka’apor Ta Hury do Rio Gurupi

Resumo do Projeto: O projeto tem o objetivo de implementar instrumentos de gestão territorial e ambiental, realizando ações de vigilância, mapeamento e monitoramento  do território, principalmente das áreas de maior incidência de invasões, bem como recuperação de áreas degradadas, apoio às atividades socioculturais das mulheres e jovens indígenas e fortalecimento de roças tradicionais, visando à segurança alimentar.  

O projeto pretende realizar expedições de vigilância, mapeamento e monitoramento da Terra Indigena Alto Turiaçu; apoiar e promover práticas socioculturais e atividades das mulheres indígenas relacionadas à Gestão Territorial e Ambiental; recuperar áreas degradadas por meio de restauração florestal das áreas que têm sido mais afetadas pelo desmatamento ilegal; fortalecer o sistema produtivo tradicional Ka’apor e valorizar os conhecimentos e práticas associados, visando garantir a segurança alimentar; e, ainda, realizar atividades de formação relacionadas a todos objetivos específicos desta proposta.

Bioma:  Amazônia

Estado: Maranhão

Stakeholders: indígenas que moram na TI Alto Turiaçu; associados da Associação Indígena Ka’apor Ta Hury do Rio Gurupi; guardiãs e guardiões da floresta da TI Alto Turiaçu.

Número de pessoas indígenas beneficiadas: 1.863

Número de mulheres indígenas beneficiadas: Aproximadamente 25

Número de aldeias beneficiadas: 16

Número de organizações indígenas beneficiadas: 1

Terras Indígenas: Alto Turiaçu

Área TIs (ha): 530.524,74

Povo: Ka’apor

Ugorogmo: proteção e vigilância territorial na Terra Indígena Arara

Título em inglês: Ugorogmo: protection and territorial surveillance in the Arara Indigenous Land

Instituição Responsável: Associação do Povo Indígena Arara (Ugorogmo)

Resumo do Projeto: O projeto pretende realizar atividades para o fortalecimento das ações de Gestão Territorial Indígena da Terra Indígena (TI) Arara. A proposta é realizar capacitações técnicas para a vigilância e proteção do território, organizar ações e protocolos para o monitoramento das entradas de não indígenas de forma articulada entre todas as sete aldeias (Laranjal, Magarapi-Eby, Arombi, Ieury, Tagagem, Aradó e Auri), notificando os órgãos competentes para fiscalização e abordagem. Pretende, ainda, estruturar uma casa de apoio para vigilância com internet nas aldeias, equipada com outros instrumentos utilizados para a vigilância e monitoramento territorial. Também será realizada uma expedição aos limites da TI, com o intuito de avaliar as entradas e invasões de não indígenas e mapear as áreas mais vulneráveis.

Bioma:  Amazônia

Estado: Pará

Stakeholders: indígenas das 88 famílias que moram na TI Arara; associados da Ugorogmo; agentes indígenas que participarão das capacitações; Unileya Educacional S.A.; Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Número de pessoas indígenas beneficiadas: 364

Número de mulheres indígenas beneficiadas: 179

Número de aldeias beneficiadas: 7

Número de organizações indígenas beneficiadas: 1

Terras Indígenas: Arara

Área TIs (ha): 274.010,02

Povo: Arara

No “terreiro de casa”: sob o olhar feminino

Título em inglês: In the “home yard”: under feminine gaze

Instituição Responsável: Associação Vyty Cati das Comunidades Indígenas Timbira do Maranhão e Tocantins

Resumo do Projeto: O projeto tem os seguintes objetivos: fortalecer a gestão territorial das Terras Indígenas (TI) Krikati e Kraholândia por meio do protagonismo e o do empoderamento das mulheres e suas dinâmicas sociais locais; e proporcionar o fortalecimento da soberania alimentar e nutricional local e as práticas tradicionais dos usos dos remédios do mato a partir do manejo, enriquecimento e instalação de quintais agroflorestais. Os Povos Timbira produzem alimentos a partir dos seus modos tradicionais. Além das roças no toco, os quintais são importantes espaços de produção de alimentos e é ali onde é bastante expressivo o protagonismo das mulheres. Os quintais produtivos têm um papel fundamental nessas comunidades, pois além de produzir uma variedade de alimentos saudáveis, nesses quintais são criados pequenos animais e cultivadas algumas espécies medicinais que são usadas para tratamentos de saúde. Esses espaços se localizam nos “terreiros” das casas e são espaços de ocupação, movimentação e domínio eminentemente femininos, exercendo um papel fundamental na visibilidade dessas mulheres indígenas, tornando-as protagonistas de suas próprias histórias, além de contribuir para a segurança alimentar de sua família e para o desenvolvimento sustentável de seu território.

Dentre as atividades, pretende-se realizar andanças no território para identificar espécies que possam ser incorporadas nos quintais, envolvendo o levantamento de informações sobre o território e o uso dessas espécies; elaborar material audiovisual com as mulheres abordando o seu olhar sobre o território; realizar intercâmbio para a troca de conhecimentos entre mulheres Krahô e Krikati; instalar novos quintais e enriquecer quintais já existentes; e realizar oficinas com mulheres dos dois povos mencionados.    

Bioma:  Cerrado

Estados: Maranhão e Tocantins

Stakeholders: moradores de 11 aldeias nas TIs Kraolândia e Krikati; 50 mulheres indígenas destas aldeias; associados da Vyty Cati; Centro de Trabalho Indigenista (CTI); Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Número de pessoas indígenas beneficiadas: 1.100

Número de mulheres indígenas beneficiadas: 650

Número de aldeias beneficiadas: 9

Número de organizações indígenas beneficiadas: 1

Terras Indígenas: Krikati; Kraolândia

Área TIs (ha): 447.309,18

Povos: Krikati; Krahô

Guerreiras da floresta fortalecendo a cultura Tenetehar promovendo a gestão territorial e ambiental na TI Caru

Título em inglês: Forest warrior women strengthening the Tenetehar culture by promoting territorial and environmental management in Caru Indigenous Land

Instituição Responsável: Associação Indígena Comunitária Wirazu dos Índios Guajajara das Aldeias Maçaranduba, Santa Rita, Canaã, Nova Vida e Caru II  

Resumo do Projeto: O projeto tem o objetivo de Fortalecer a ampliar a contribuição das Guerreiras da Floresta no monitoramento, proteção e conservação da floresta e de todas as formas de vida e ancestralidades, por meio de Gestão Territorial e Ambiental na Terra Indígena Caru. Para atingir esse objetivo, pretende ampliar as opções das Guerreiras da Floresta no monitoramento territorial em pontos estratégicos desta TI; fomentar o diálogo entre diferentes povos acerca do papel das mulheres indígenas na gestão e preservação ambiental e valorização da identidade cultural; e fortalecer a atuação das Guerreiras da Floresta nas lideranças de projetos, como mecanismo de transformação social e de governança. Dentre as atividades previstas, serão realizadas expedições, seminários, um intercâmbio com indígenas da região do Alto Solimões (AM), oficinas e capacitação para uso de sites e mídias sociais. 

Bioma:  Amazônia

Estados: Maranhão

Stakeholders: moradores, grupo de guardiões, Guerreiras da Floresta e brigadistas indígenas da TI Caru; associados da Wirazu.

Número de pessoas indígenas beneficiadas: 413

Número de mulheres indígenas beneficiadas: 37

Número de aldeias beneficiadas: 7

Número de organizações indígenas beneficiadas: 1

Terras Indígenas: Caru

Área TIs (ha): 172.667,37

Povos: Guajajara, Awa Guaja e Isolados

Arranjos Produtivos da Sociobiodiversidade

Instituição responsável: Associação de Pescadores Artesanais de Porto de Moz (ASPAR)

A condição essencial para os pescadores é o armazenamento com qualidade do pescado e é por isso que, somado aos esforços de minimizar os custos para os pescadores, ao passo em que se busca aperfeiçoar a estrutura e a gestão de funcionamento da associação, este projeto tem o objetivo de melhorar a infraestrutura de beneficiamento do pescado.  

Dessa maneira, o projeto busca aprimorar a gestão e o funcionamento da fábrica de gelo, adotando tecnologias sociais inovadoras e o uso de energia solar na produção de gelo, além de trabalhar na identificação da origem do pescado e as condições socioambientais dos pescadores responsáveis pela produção.

Pretende-se com a execução do projeto promover a melhoria da qualidade de vida dos pescadores, uma vez que o repasse do gelo com menor custo, proporciona aos pescadores maiores margens com a venda de seus produtos. Com isso, melhorar o armazenamento implicará diretamente na autonomia de formação de preço justo do pescado.

Estado: Pará

Bioma: Amazônia

Instituição responsável: Associação dos Agricultores Familiares do P/A Amigos da Terra

O projeto busca fortalecer institucionalmente a associação por meio de uma gestão participativa, estimular o turismo de base comunitária em áreas extrativistas do Cerrado, fomentar a bioeconomia local por meio do fortalecimento do extrativismo sustentável e criar e estruturar redes de comercialização de frutas e seus derivados do extrativismo no Cerrado.

Dentre as metas do projeto estão: fortalecer institucionalmente a associação por meio de uma oficina sobre associativismo; garantir a gestão participativa do projeto; realizar um diagnóstico para levantamento do patrimônio natural e cultural e redes de cooperação para o turismo rural local; formar condutores ambientais; estruturar as cadeias de frutas nativas; fornecer capacitação em boas práticas de manejo, beneficiamento e culinária de frutos do Cerrado, sempre considerando as práticas tradicionais; oferecer uma oficina de artesanato a partir de matéria prima natural do Cerrado (sementes, frutos, galhos, etc.); elaborar o plano de negócios da associação e realizar um estudo de mercado para os produtos oriundos do extrativismo; e por fim, permitir a abertura de mercados para escoamento dos produtos. 

Bioma:  Cerrado

Estado: Tocantins

Instituição responsável: RECA – Associação dos Pequenos Agrossilvicultores do Projeto Reca

O projeto RENOVAR tem o objetivo de consolidar a economia agroflorestal e florestal dos agrossilvicultores do projeto RECA e da região circunvizinha, tornando-a competitiva, por meio do fortalecimento das atividades de organização, produção, beneficiamento e comercialização, possibilitando maior incremento de renda familiar, melhoria da qualidade de vida e preservação do meio ambiente, fazendo um contraponto ao modelo de desenvolvimento convencional de derruba e queima, uso intensivo de agrotóxicos e da pecuária extensiva.

Além disso, as atividades do projeto buscam contribuir para a renovação de cerca de 150 hectares de SAF’s – Sistemas Agroflorestais. Estão previstas capacitações com os agrossilvicultores nas ações de manejo, tratos silviculturais e fitossanitários das plantas dos SAF’s, por meio da realização de cursos e dias de campo, valorizando os conhecimentos e habilidades dos homens, mulheres e jovens da região.

O projeto terá duração total de 18 meses e beneficiará diretamente os 150 agrossilvicultores do Projeto RECA, que terão seus sistemas produtivos renovados e melhorados, aumentando sua produtividade, ofertando maior volume de matéria-prima às agroindústrias e maior volume de produtos comercializados, proporcionando incremento de renda familiar, qualidade de vida e serviços ambientais.

Bioma:  Amazônia

Estado: Rondônia

Instituição responsável: ASPACS – Associação dos Produtores Agroextrativistas da Colônia do Sardinha

O Projeto Óleos de Lábrea busca fortalecer as comunidades extrativistas envolvidas na cadeia de murumuru, melhorando a qualidade das sementes, aumentando a produção e o número de famílias envolvidas. E, desse modo, contribuir para a geração de renda das famílias associadas e coletoras de murumuru.

O projeto tem execução estimada em 18 meses. Neste período, está prevista a instalação de 50 secadores solares, 4 quebradores de murumuru e a aquisição de um barco para otimizar o transporte, com o consequente aumento de renda para os comunitários, graças à produção de matéria-prima de qualidade e à ampliação do número de famílias beneficiadas pelas ações da ASPACS.

A instalação de secadores solares melhora a qualidade das sementes ao diminuir a incidência de parasitas, aumentando em aproximadamente 5% a produção de óleo (manteiga) de murumuru. Os secadores extrapolam o benefício de modo permanente, pois poderão ser usados para secar outras sementes, entre elas feijão, milho e andiroba.

Estado: Amazonas

Bioma: Amazônia

Instituição responsável: Associação Gap Ey

A idealização do projeto nasceu a partir da união de três organizações indígenas do Povo Paiter Suruí, da Terra Indígena Sete de Setembro, no município de Cacoal, em Rondônia. O projeto fortalecerá o etnoturismo já trabalhado em diferentes aldeias da Terra Indígena pelas três iniciativas envolvidas: o Centro Wagoh Pakob, o Centro de Plantas Medicinais Olawatawa e o Museu Paiter A Soe, a partir da elaboração de uma estratégia unificada que possa oferecer aos visitantes um circuito de turismo completo e robusto, com imersão em diversos aspectos da cultura e modo de vida Paiter Suruí, de acordo com as atividades que as organizações já desenvolvem.

Nesse sentido, o projeto visa ao fortalecimento das capacidades e da governança econômica territorial, promovendo parcerias duradouras internamente entre os grupos envolvidos, e aumentando a geração de renda a partir de uma atividade sustentável e que impacta positivamente o meio ambiente e a cultura. O projeto irá também movimentar outras atividades econômicas, como a venda do artesanato indígena, produzido principalmente pelas mulheres, fomentando sua autonomia, e a venda de produtos agroextrativistas, como castanha, café, banana, amendoim, cacau e mel. Dessa forma, contribui-se para reduzir a dependência econômica de atividades que causam a degradação ambiental, aumentando a percepção do valor das florestas e serviços ecossistêmicos. 

Estado: Rondônia

Bioma: Amazônia

Instituição responsável: Cooperativa Mista de Agricultores Familiares, Extrativistas, Pescadores, Vazanteiros, Assentados e Guias Turísticos do Cerrado – COOPCERRADO.

O projeto, com duração de 18 meses, tem como objetivo escalar o agroextrativismo sustentável via mercados qualificados, ou seja, com agregação de valor por meio de certificações de qualidade orgânica e comércio justo nacional e internacional. Isso vai possibilitar melhorar o escoamento da produção agroextrativista e apresentar um produto genuíno do Cerrado, como a castanha de baru, pequi e favela para outros países, e com isso evitar o desmatamento e a desterritorialização das comunidades tradicionais.

Espera-se como resultado do projeto a preparação e certificação de 9 aldeias indígenas, com 100 famílias em 45.000 hectares, nos munícipios de Ribeirão Cascalheira, Canarana e Campinápolis no estado do Mato Grosso para certificação participativa orgânica do extrativismo sustentável, certificação internacional orgânica e comércio justo. Além disso busca-se preparar e certificar as comunidades tradicionais de fundo e feixe de pasto, no município de Correntina/BA, envolvendo 10 famílias e 3.000 hectares. Outras 13 comunidades nos municípios de São Domingos/GO, Guarani/GO Lassance/MG, Urucuia/MG, Arinos/MG e Pintópolis/MG serão beneficiadas, envolvendo cerca de 90 famílias.

As espécies nativas certificadas serão o baru, a favela, o pequi, o jatobá, a sucupira, amburana, pimenta de macaco, pimenta jaborandi, e a baunilha principalmente.

Bioma:  Cerrado

Estado: Bahia, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais

Instituição responsável: Cooperativa Agroecológica dos Produtores Rurais do Município de Alto Paraíso de Goiás e Região – Cooper Frutos do Paraíso

O projeto tem como foco o fortalecimento socioeconômico de agricultores familiares e fomento ao estabelecimento de um cinturão verde na zona de amortecimento do Parque Estadual Águas do Paraíso, por meio da produção agroecológica e do Turismo de Base Comunitária (TBC) em assentamentos rurais no município de Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros. 

Estes assentamentos ainda resistem como guardiões do Cerrado remanescente e da agricultura familiar na área da zona de amortecimento do Parque Estadual. Alguns dos assentados já desenvolvem pequenas iniciativas de Turismo de Base Comunitária, voltadas para valorização do modo de vida local, mas de forma ainda incipiente.

Assim, as motivações do projeto são de promoção do desenvolvimento rural sustentável em dois assentamentos rurais, buscando fomentar a melhoria da produção agroecológica local e a inserção dos comunitários nos mercados emergentes de ecoturismo presentes no território.

Dessa maneira, o projeto vai formar 40 agricultores familiares dos assentamentos em agroecologia, estabelecer roteiros turísticos nos dois assentamentos, além de criar um programa de comunicação para divulgação das atividades de TBC e formar os jovens locais para operacionalizá-lo. 

Estado: Goiás

Bioma: Cerrado

Instituição responsável: Cooperativa Agropecuária Mista de Nova Guarita (COOPERGUARITA)

O projeto visa a fortalecer a cooperativa na gestão e assessoria técnica, para garantir qualidade dos processos de articulações e das etapas produtivas juntos aos grupos de sementes que pertencem à Rede Sementes do Portal da Amazônia.

Para isso, foram pensadas atividades que envolvam encontros e reuniões de planejamento e aprendizagem em rede, além de duas formações que envolvam jovens, coletores e coletoras de sementes, técnicos, professores e universidades. Estas capacitações irão abordar conteúdos sobre Escalada em Árvores – Técnicas, Equipamentos e Medidas de Segurança para Coleta Botânica e Sementes Florestais.

Bioma:  Amazônia

Estado: Mato Grosso

Instituição responsável: Cooperativa Central do Cerrado

Esse projeto visa a apoiar a implantação de uma estratégia de marketing para impulsionamento das vendas da Central do Cerrado nos diferentes canais de comercialização operados pela cooperativa. Será elaborado e implementado um plano de comunicação e marketing onde serão executadas ações e campanhas que valorizem a origem social e territorial dos produtos e promovam os atributos e usos dos produtos da sociobiodiversidade do Cerrado.

É fomentada uma ação de marketing digital dirigida para impulsionamento do acesso nas redes sociais da cooperativa, com conversão de vendas nos canais de comercialização virtuais, bem como para promover o direcionamento de clientes para os pontos de venda físicos em Brasília, onde são comercializados os produtos da Central do Cerrado. 

O projeto visa a encontrar soluções para o problema de grupos que estão em processo de ampliação da produção para além dos mercados locais e regionais. Tais grupos carecem de estrutura para distribuição de sua produção para entrarem nos diferentes mercados, porém a viabilidade econômica de um esquema de distribuição individual dificilmente é alcançada pelo volume e valor limitado da produção. Por se tratar de uma estratégia coletiva de distribuição dos produtos, a Central do Cerrado desafoga os grupos de gerirem uma estrutura própria de distribuição, otimiza os investimentos que são aproveitados por um conjunto de organizações, viabiliza a manutenção da estrutura pelo volume ampliado de vendas, além de promover a integração e intercâmbio entre os grupos.

Estado: Goiás, Tocantins, Maranhão, Minas Gerais e Brasília

Bioma: Cerrado

Instituição responsável: Cooperativa Mista de Trabalho Casa do Cerrado

O projeto tem o objetivo de desenvolver uma metodologia de assessoria, para fomentar e dar suporte a uma Rede de Agroindústrias do Cerrado, no estado de Goiás.

Serão realizadas atividades de formação e assessoria para qualificar a equipe de trabalho da cooperativa e de parceiros, e formular um modelo de serviço acessível, solidário, replicável e em rede.

O trabalho busca contribuir na estruturação de oito empreendimentos de base comunitária do Território Rural Médio Araguaia, ao elaborar e entregar dois projetos de agroindústrias (um de polpas de frutas e cozinha multifuncional; outro de cocos, castanhas e óleos vegetais do Cerrado) e outros seis produtos de devolução pontuais, como respostas a demandas específicas.

O projeto terá duração de 12 meses, e as atividades de formação serão divididas em duas abordagens: a assessoria “em campo”, presencialmente, e “em rede”, à distância, em um “Ciclo de Encontros e Assessoria em Agroindústrias do Cerrado”.

As histórias, demandas e soluções encontradas, para os empreendimentos participantes, serão divulgadas em um “podcast” com oito episódios, como estratégia de fortalecimento das iniciativas com produtos da sociobiodiversidade.

Estado: Goiás

Bioma: Cerrado

Instituição responsável: Coppalj – Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas do Lago do Junco

O projeto será executado em 18 meses e fortalecerá a cadeia produtiva do coco babaçu na região do médio Mearim, no estado do Maranhão. O foco dos trabalhos será na garantia de matéria prima (amêndoas) livre de contaminantes para a produção de óleo de coco babaçu da Cooperativa de Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco -COPPALJ

Dessa maneira, busca-se potencializar os conhecimentos das famílias quebradeiras de coco babaçu, ampliando os conhecimentos em boas práticas de manejo adequado à conservação e ao processamento do babaçu, utilizando como laboratório as áreas de ocorrência de babaçu das 6 Unidades de Referência e Irradiação de Tecnologias Agroecológicas (URITAs).

Outra estratégia busca intervir no manejo de pastagem em áreas de ocorrência do babaçu nas URITAs, visando melhorar o aproveitamento da pastagem e da área através de piquetes, diminuir os impactos ambientais causados pelo pisoteio da criação extensiva e tornar a bovinocultura sustentável e harmônica ao extrativismo do babaçu.

Estado: Maranhão

Bioma: Amazônia e Cerrado

Instituição responsável: Grupo Semente, Semeando para o Desenvolvimento Sustentável

O projeto tem como objetivo principal a permanência de jovens e das suas famílias no campo, com dignidade, por meio da consolidação e ampliação das atividades extrativistas geradoras de renda, da produção até o desenvolvimento de produtos e sua comercialização.

A meta é beneficiar o coletivo Jovens Vivendo no Campo, que contempla jovens, mulheres e homens de uma comunidade rural localizada no município de Chapada dos Guimarães, além de membros de comunidades vizinhas.

O projeto visa a valorizar produtos extrativistas e os conhecimentos tradicionais associados à coleta e beneficiamento de plantas do Cerrado. Para isso, serão desenvolvidas atividades de: diagnóstico das atividades extrativistas (com foco principal no cumbaru e jatobá), por meio de levantamentos coletivos de informações e mapeamentos, acompanhamento das atividades de coleta e levantamento de custos; estudos de viabilidade econômica e construção de plano de ação para a potencialização da atividade. Também serão realizadas atividades voltadas ao fortalecimento organizacional do coletivo, para garantir a sustentação dos processos de desenvolvimento comunitário e a viabilização da atividade comercial extrativista.

Bioma:  Cerrado

Estado: Mato Grosso

Instituição responsável: Instituto Raoni

O projeto visa ao fortalecimento das cadeias produtivas da sociobiodiversidade do cumaru, pequi, copaíba, breu branco e artesanato, a partir da organização dos atores envolvidos, comunitárias e comunitários, coletoras e coletores, artesãs e artesãos apoiados pelo Instituto Raoni.

A estrutura organizacional do projeto tem como base o Plano Nacional de Promoção dos Produtos da Sociobiodiversidade, que busca fortalecer os povos e comunidades tradicionais de modo a gerenciar seus meios de produção em sistemas de governança coletiva. E para este território a criação da governança é necessária principalmente devido às relações interétnicas e territoriais envolvidas nessas cadeias produtivas, assim como aos desafios dos povos indígenas e comunidades tradicionais para a inserção nos mercados regionais, nacionais e internacionais.

Dessa maneira, o projeto busca fortalecer a governança por meio de oficinas de capacitação sobre gestão comunitária de empreendimentos locais e relação com mercados, além da prospecção de comércio justo para produtos da sociobiodiversidade. Essas capacitações serão complementadas com etnomapeamento e inventários florestais das espécies a serem comercializadas.

Também para estruturar as cadeias produtivas está previsto o apoio à divulgação do projeto com uma equipe de comunicadores indígenas.  As publicações relacionadas ao projeto, terão um papel importante para dar mais visibilidade às ações do Instituto Raoni na execução, dando ênfase ao papel que a floresta em pé desempenha, tanto na economia sustentável, como para redução das mudanças climáticas.

Estado: Mato Grosso

Bioma: Amazônia e Cerrado

Instituição responsável: Núcleo Gestor da Cadeia do Pequi e Outros Frutos do Cerrado – Núcleo do Pequi

O projeto busca ampliar o desenvolvimento comercial da cadeia de valor dos produtos da agricultura familiar e agroextrativistas dos empreendimentos que fazem parte do Arranjo Produtivo Local (APL) do Pequi no Norte de Minas Gerais. Contribui para gerar oportunidades de negócios e venda de produtos in natura e beneficiados, além de fortalecer a economia local e  melhorar a qualidade de vida dos participantes.

A previsão é de as atividades acontecerem ao longo de 18 meses, com a busca da ampliação dos mercados para a comercialização dos produtos da sociobiodiversidade do Cerrado Norte Mineiro. E, com isso, possibilitar que os produtos do APL tenham maior valor agregado sem a interferência de intermediários e atravessadores na cadeia de comercialização, garantia de origem por meio da identificação de procedência e rastreabilidade. A consolidação de uma marca própria que beneficie os produtos de vários empreendimentos da rede é também uma das metas deste projeto.

Ao final do projeto, produtos deverão ter presença mais robusta nos mercados e as instituições envolvidas na produção e gestão fortalecidas e qualificadas para seguirem com os trabalhos do APL.

Estado: Minas Gerais

Bioma: Cerrado

Instituição responsável: Rede de Sementes do Cerrado

O objetivo do projeto é expandir a cadeia de produção de sementes nativas do Cerrado na região da Chapada dos Veadeiros com aumento no número de coletores envolvidos, na quantidade e na diversidade de sementes coletadas; com a melhora da estrutura da casa de sementes; com ampliação e melhorias na capacidade de armazenamento e na qualidade das sementes disponibilizadas para a restauração de áreas degradadas do bioma.

O projeto a visa aumentar a produção e o número de coletores em 50%, além de aprimorar a qualidade das sementes a serem comercializadas. Dessa maneira, espera-se como resultado a melhoria e maior disponibilidade de espaços para armazenamento e beneficiamento de sementes e viveiro para testes de germinação e, ainda, o oferecimento de capacitações técnicas a cada 6 meses visando a reciclagem de coletores já atuantes e o treinamento de novos coletores, incentivando a participação de mulheres e jovens.

Bioma:  Cerrado

Estado: Goiás

Instituição responsável: Associação Quilombo Kalunga – AQK

O povo Kalunga vive há aproximadamente três séculos no território do Sitio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, com área de 261.999 hectares, são 39 comunidades, espalhadas em todo este território. Trata-se da maior área remanescente de quilombo do Brasil, tendo também a maior população, aproximadamente 1.530 famílias.

Este projeto visa a organizar e expandir a cadeia produtiva dos produtos Kalunga, promovendo a comercialização pela construção de uma loja e um museu, além da reestruturação dos espaços produtivos de beneficiamento, venda e comercialização on-line.

As ações serão executadas por meio do mapeamento dos produtos, assistência técnica no desenvolvimento de embalagens, rótulos e padrões de conservação para segurança sanitária.

Haverá a construção de um espaço de comercialização dos produtos na cidade de Cavalcante -GO, a cerca de 300km de Brasília, nos terrenos da sede da AQK e um curso para os condutores de visitantes Kalunga sobre Turismo de Base Comunitária. Além disso, serão formados grupos de observadores de aves (birdwatching), de fotografias e produção de conteúdo em vídeo.

As atividades estão previstas para ocorrer por 18 meses de duração e como resultados, espera-se que a comunidade consiga melhorar a oferta do serviço de comercialização dos seus produtos e a expansão da geração de renda pela ampliação do acesso a outros mercados e ao E-commerce. Além disso, há expectativa de promover o reconhecimento de produtos do cerrado e das comunidades tradicionais quilombolas que residem no Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga.

Estado: Goiás

Bioma: Cerrado

Instituição responsável: Cooperativa Regional de Base na Agricultura Familiar e Extrativismo Ltda. – COPABASE

O Plano de Fortalecimento do Arranjo Produtivo Sociobioeconômico da Copabase tem como foco os eixos de Governança, Fortalecimento Produtivo e Acesso e Diversificação de Mercados.

Buscando contribuir para a sustentabilidade integral da COPABASE, o plano visa estruturar Cadeias de Valor específicas, como artesanato, SAF de frutas, extrativismo de Baru, farinha de mandioca, açúcar mascavo, temperos, algodão e mel, no território Urucuia Grande Sertão Veredas.

Com previsão de implementação em 2 anos, o objetivo principal é promover a autonomia econômica das famílias agroextrativistas, abrangendo iniciativas que fortaleçam a governança, aprimoram a gestão, expandam e fortaleça e mantenha mercados para a marca COPABASE.

O enfoque é na promoção da sustentabilidade econômica, autonomia financeira e qualidade de vida das famílias beneficiadas, por meio do desenvolvimento de cadeias de valor produtivas e negócios estruturados. Com a colaboração de 20 organizações parceiras, o plano busca consolidar cadeias sociobiodiversidade, no território Urucuia Grande Sertão.

Estado: Minas Gerais

Bioma: Cerrado

Instituição responsável: Associação dos Produtores Rurais de Carauari – ASPROC

A produção de açaí tem grande importância na renda familiar dos extrativistas da na região do Médio Juruá, que têm de enfrentar desafios relacionados às variações nas vias de comercialização e preços defasados. A atuação da ASPROC viabiliza um processamento adequado do açaí e estrutura uma cadeia confiável e mais justa para os produtores da região.

O Plano de Desenvolvimento centraliza esforços na estruturação de uma Agroindústria de polpa de frutos da floresta, com foco no açaí, em Carauari/AM, bem como no aumento das áreas sob manejo, protegendo áreas nativas e promovendo a inclusão socioeconômica de mulheres e jovens, levando a um aumento da renda e do valor agregado da produção.

O projeto tem como objetivos principais:

  • Ampliar a produção e reduzir custos nas cadeias dos frutos da floresta, melhorando a gestão e expandindo o alcance das organizações comunitárias nos mercados consumidores.
  • Consolidar uma central comunitária de marketing e vendas, capacitada para compreender o mercado, desenvolver produtos e estabelecer relacionamentos sólidos com clientes e centros de distribuição.
  • Fortalecer a governança da organização social de base, com foco na inclusão de jovens e mulheres, visando impulsionar a sustentabilidade dos arranjos produtivos da sociobiodiversidade no Território do Médio Juruá.

Estado: Amazonas

Bioma: Amazônia

Instituição responsável: Associação em Áreas de Assentamento no Estado do Maranhão – ASSEMA

O Plano de Desenvolvimento do Consórcio Babaçu Livre, com previsão de duração de 24 meses, visa fortalecer a governança do território do babaçu para promover o uso sustentável da floresta.

A iniciativa inclui a integração de arranjos produtivos consorciados, formações em educação ambiental, adoção de boas práticas socioprodutivas e estabelecimento de parcerias comerciais.

O plano abrange organizações parceiras em dois estados (Maranhão e Tocantins) e 17 municípios. O objetivo é potencializar as capacidades das mulheres na governança, mobilizar recursos financeiros e promover práticas produtivas sustentáveis, como sistemas agroflorestais e manejo sustentável do babaçu, impactando positivamente mais de 500 pessoas. A proposta busca integrar atividades produtivas e comerciais, ampliar a produção de matéria-prima, adequar estruturas de beneficiamento e agregar valor ao babaçu, visando atender aos padrões de mercado e diversificar a oferta de produtos acabados.

Estado: Maranhão

Bioma: Amazônia

 

Instituição responsável: Cooperativa dos Agricultores Familiares e Agroextrativistas Grande Sertão Ltda

O Plano “Pequi do Gerais” visa fortalecer a cadeia de valor do pequi e outros frutos do Cerrado, concentrando-se em melhorias na governança do Arranjo Produtivo Local (APL) e nas estruturas dos empreendimentos comunitários participantes da iniciativa.

O projeto busca aprimorar o acesso aos mercados, incluindo mercados institucionais e não institucionais, agregar valor aos produtos, implementar certificações, capacitar produtores, fortalecer a cooperação com parceiros institucionais e apoiar a criação de um Centro de Distribuição e Comercialização.

Ao longo de 24 meses, o plano pretende consolidar a base produtiva do pequi, resultando em produtos de alta qualidade, presença sólida nos mercados e qualificar as organizações para a gestão adequada do APL a longo prazo.

A estruturação da cadeia de valor possibilitará a ampliação da presença no mercado, pesquisa de novos produtos, consolidação de marca, envolvimento de mais famílias produtoras extrativistas, melhorando as condições de vida dos envolvidos e contribuindo para a valorização e conservação do bioma Cerrado.

Estado: Minas Gerais

Bioma: Cerrado

 

Instituição responsável: Associação dos Pequenos Agrossilvicultores do Projeto RECA.

O projeto tem como objetivo fortalecer os arranjos produtivos da sociobiodiversidade na região da Ponta do Abunã (AC, RO, AM), melhorando a renda e qualidade de vida dos produtores familiares, com ênfase na valorização de jovens e mulheres, promovendo serviços ecossistêmicos e fortalecendo políticas públicas na região.

Para alcançar esse objetivo, o plano propõe quatro objetivos específicos: aprimorar a governança dos arranjos produtivos, fortalecer a gestão do projeto e dos sistemas produtivos, aumentar a produtividade e eficiência das agroindústrias, e acessar novos mercados para produtos agroflorestais, florestais não madeireiros e orgânicos.

A implementação participativa e compartilhada entre diferentes atores locais e parceiros, visa servir como um contraponto ao avanço da fronteira agrícola, pecuária extensiva e extração ilegal de madeira, reduzindo os índices de desmatamento, queimadas e emissão de gases do efeito estufa na atmosfera.

Estados: Acre, Rondônia e Amazonas

Bioma: Amazônia

PROGRAMA COPAÍBAS
Iniciativa voltada ao combate ao desmatamento e à melhoria das condições de vida de comunidades tradicionais e povos indígenas em áreas protegidas nos biomas Cerrado e Amazônia.