Cooperativa é referência em conservação ambiental e geração de renda na fronteira entre Acre, Amazonas e Rondônia
Referência em conservação ambiental e geração de renda, o RECA (Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado) atua há quase 37 anos na região da Ponta do Abunã, entre os estados de Rondônia, Acre e Amazonas. Com o apoio do Programa COPAÍBAS, financiado pela Iniciativa Internacional da Noruega para Clima e Florestas – NICFI, por meio do Ministério das Relações Exteriores da Noruega, e gerido pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO, desde 2023, o RECA renovou 500 hectares de Sistemas Agroflorestais (SAFs) e aumentou a produtividade com cultivos como pupunha, cupuaçu, açaí e castanha-da-Amazônia, beneficiando 450 produtores e garantindo o sustento de mais de 4 mil pessoas.
Situado na Ponta do Abunã, a associação surgiu no distrito de Nova Califórnia, em Porto Velho (RO), na década 1980, com a entrega de terras às famílias de migrantes do Sul do país pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra. O contato com a população local e seus conhecimentos resultaram em boas práticas sustentáveis, tornando-se modelo para outros projetos na floresta amazônica atraindo muitos visitantes, instituições, universidades e pesquisadores. Esse ano, o RECA recebeu o prêmio de “Guardiões da Biodiversidade” promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O apoio do COPAÍBAS, por meio do projeto Cooperar para Avançar, possibilitou a construção de dois galpões de produção de compostagem orgânica, com produção de bioinsumo, a compra de equipamentos para laboratório e a reforma do centro de vendas, além de capacitação de boas práticas na agroindústria, na manipulação de alimentos e qualidade dos produtos e o estudo de novos mercados para diversificar os canais de comercialização. Entre seus parceiros de longa data estão empresas como Natura e L´Occitane. A mais recente aposta comercial do RECA é o cupulate, um chocolate feito da semente de cupuaçu, 100% orgânico e com rastreabilidade internacional.
Com foco na continuidade dessa atuação e apoio do Programa COPAÍBAS, o RECA ainda ampliou a participação dos jovens dentro da associação, hoje chegando a 80% da força de trabalho com o fortalecimento da prática de campo nas pesquisas dos estudantes da Escola Família Agrícola (EFA) Jean Pierre Mingan, em Acrelândia (AC) e promovendo contratações de estagiários em suas indústrias.
O sucesso do modelo do RECA foi destaque na imprensa nacional neste mês de outubro. Confira nos links abaixo:
- Cupuaçu reinventado: RECA eleva produção do fruto amazônico com Sistemas Agroflorestais | ((o))eco
- SAFs renovados, equipamentos e galpões de compostagem: dinheiro da Noruega acelera bioeconomia na Amazônia | Sociedade | Um só Planeta
- RECA: da fronteira esquecida ao laboratório amazônico de agroflorestas | Biodiversidade | Um só Planeta
- Cupulate, o “chocolate da Amazônia”: RECA aposta em produto exclusivo para conquistar mercado europeu | Biodiversidade | Um só Planeta
- Safra recorde de cupuaçu em Rondônia reforça papel do RECA como símbolo da bioeconomia amazônica | Biodiversidade | Um só Planeta
- Do passado ao futuro, mulheres do RECA moldam a bioeconomia amazônica com esperança | Biodiversidade | Um só Planeta
- https://g1.globo.com/ro/rondonia/videos-jornal-de-rondonia-2-edicao/video/serie-reca-agrofloresta-movimenta-economia-e-recuperacao-de-areas-degradadas-em-ro-13991264.ghtml
- https://g1.globo.com/ro/rondonia/videos-jornal-de-rondonia-2-edicao/video/serie-reca-episodio-mostra-envolvimento-das-novas-geracoes-em-projeto-de-agrofloresta-13994539.ghtml
Crédito da imagem: Marizilda Cruppe/FUNBIO
