
Com dezenas de cachoeiras, mirantes imperdíveis com vista para a Serra do Espinhaço e cavernas com pinturas rupestres, os Parques Estaduais Biribiri e Serra Negra, ambos em Minas Gerais, acabam de finalizar seus Planos de Uso Público, que busca garantir uma gestão mais inclusiva, organização das atividades de visitação e melhorias nas sinalizações de seus atrativos.
Complementar ao Plano de Manejo— documento técnico que estabelece as normas e o zoneamento para o uso de uma Unidade de Conservação —, o Plano de Uso Público, que contou com o apoio do Programa COPAÍBAS, reforça a gestão com tomadas de decisões baseadas nas necessidades e realidades de cada Unidade de Conservação, auxilia no planejamento da visitação e reconhece o grande potencial do uso público para a promoção da cidadania e educação ambiental. “A partir dele, é possível compreender o índice de atratividade destes destinos, classificá-los, e, ainda, definir as possíveis estruturas a serem implementadas nestas áreas”, explica a analista ambiental do Instituto Estadual de Florestas, Cristiane Fróes, que participou da construção dos documentos.
Com quase 17 mil hectares, o Parque Estadual do Biribiri é cercado por águas cristalinas. A unidade tem um alto índice de visitação pela proximidade com a cidade histórica Diamantina e facilidade de realização das trilhas curtas para as cachoeiras, como a da Sentinela e dos Cristais, o que torna o parque uma das maiores atrações do ecoturismo na região central da Serra do Espinhaço.
“A proximidade com Diamantina, cidade considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), movimenta boa parte da economia regional em torno do turismo, e as cachoeiras do Biribiri estão entre os atrativos naturais mais procurados da região, o que realça a importância da elaboração do Plano de Uso Público para orientar melhor as atividades”, explica Rodrigo Zeller, gestor da unidade.
Já o Parque Estadual Serra Negra, com mais de 13 mil hectares remanescente de Mata Atlântica e Cerrado, e também inserido na Cadeia do Espinhaço, é um destino turístico ainda pouco conhecido fora do estado de Minas. Situado no município de Itamarandiba, a 414 km de Belo Horizonte, a região tem cachoeiras e mirantes, como a Torre e o pico Tromba D´anta, além das trilhas do Lobo Guará e da Jaguatirica.
“O plano vai nos ajudar a orientar pesquisas mais detalhadas nas cavernas para abertura de novos atrativos. O processo de elaboração do documento também nos trouxe a necessidade de olhar para a temática de gênero, com inclusão de mulheres não somente nos conselhos, mas também nas atividades com o entorno”, explica Wanderley Pimenta Lopes, gestor do Parque Estadual Serra Negra.
O Programa COPAÍBAS tem como um dos objetivos contribuir para a conservação de áreas de vegetação nativa do Cerrado. Outras duas Unidades de Conservação apoiadas pelo Programa, os parques estaduais Serra Nova e Talhado e Serra do Cabral, ambos em Minas Gerais, também já finalizaram seus Planos de Uso de Público.
Imagens: Divulgação/PE Biribiri e PE Serra Negra