COPAÍBAS encerra primeira etapa do curso de gestão de empreendimentos comunitários

O FUNBIO, responsável pela execução do Programa COPAÍBAS, encerrou a primeira etapa do curso Formação Continuada em Gestão de Empreendimentos Comunitários na Amazônia e Cerrado – Formar Gestão, beneficiando 17 organizações. A iniciativa tem por objetivo fortalecer a técnica de gestão de empreendimentos em comunidades tradicionais e povos indígenas que vivem naqueles biomas.  Com projeto pedagógico desenvolvido pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), a formação contou com 34 participantes nesta fase inicial. 

“O Formar Gestão – Edição COPAÍBAS é um marco na formação continuada em empreendimentos comunitários na Amazônia e Cerrado. Ao concluir o primeiro ciclo com representantes de 17 organizações, cobrimos uma ampla gama de temas essenciais para tornar ainda mais eficaz o desenvolvimento organizacional e financeiro destas plataformas, contanto com a participação de grandes especialistas nas áreas nas quais trabalhamos”, destacou o gestor de Formação da iniciativa, Breno Zúnica.  

Zúnica explicou que o programa foi desenhado para atender às necessidades específicas das organizações. “Os participantes ocupam a posição de protagonistas na construção do conhecimento. Adaptamos cada curso à realidade e demandas das organizações presentes, o que é fundamental para uma aprendizagem efetiva e relevante”, disse.

Foram quatro meses de aulas, com encontros semanais que trataram de temas como Gestão de Projetos; Desenvolvimento Institucional e Organizacional (DI/DO); Gênero e Equidade; Gestão de Pessoas; e Comunicação e Marketing.  O processo de montagem da metodologia aplicada teve o objetivo de criar soluções voltadas a povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares localizados nos biomas do Cerrado e Amazônia.

Ao longo deste período, o IEB identificou, junto aos participantes, pontos e temas que deverão ser reforçados nas próximas etapas do curso. Entre as principais ameaças identificadas pelos participantes aos seus negócios estão fatores como a falta de capital de giro, as mudanças climáticas e a ausência ou inadequação de políticas públicas. Já os pontos tratados como de oportunidade, ou positivos, foram: a possibilidade de parceria para acesso a financiamentos; a criação de redes organizacionais numa atuação mais coletiva; e o uso facilitado das tecnologias digitais em comunicação.

Valquíria Aparecida Seze Felito, da Cooperativa Agropecuária Mista de Novas Guarita (Cooperguarita), localizada em Mato Grosso, salientou que esta foi a primeira vez que a cooperativa participou de um processo contínuo de formação. “Antes, como a gente tinha uma equipe muito reduzida, não conseguíamos focar em muitas atividades. Agora, embora diretamente sejam duas pessoas participando dessa capacitação, a gente sabe que ela vai impactar diretamente nas ações que empreendemos”, disse.

Para Alexandra Borba Surui, da Associação Gap Ey.Agnes, entidade voltada à defesa dos costumes e culturas dos povos indígenas,  o curso foi importante para conectar os  empreendimentos desenvolvidos na Amazônia e no Cerrado. 

“Estamos trocando experiências e aprendizados sobre como preservar a natureza e cuidar das pessoas nesses biomas. Esses encontros semanais tornaram-se um momento sagrado de troca e crescimento”, salientou.

O Formar Gestão terá uma próxima fase, ainda em elaboração, que se estenderá até junho de 2024. Nela, o IEB fará contatos mais individualizados com as organizações beneficiadas, levando-se em conta as características de cada instituição atendida. 

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