Oficina reúne organizações de base comunitária para mapear cadeias de valor dos produtos da sociobiodiversidade

O mapeamento das etapas e dos envolvidos nas cadeias de produtos como pequi, baru, guaraná, açaí, mel e castanha, entre outros, foi o tema da oficina promovida pelo COPAÍBAS em Brasília, de 10 a 12 de maio. Compareceram ao encontro organizações socioprodutivas de base comunitária que manifestaram interesse em participar da próxima chamada de projetos do programa, com foco na Amazônia e no Cerrado. No evento, estiveram presentes representantes de sete instituições pré-selecionadas com base na estrutura e no faturamento e que já participaram de entrevistas de identificação dos desafios de seus arranjos produtivos.
 
Os representantes mapearam bens e serviços envolvidos em cada uma das etapas das cadeias de valor dos produtos da sociobiodiversidade, ou seja, aqueles que são gerados a partir de recursos da biodiversidade e voltados à geração de renda para povos e comunidades tradicionais. “Quando falamos em cadeias de valor na sociobioeconomia, é importante observar os valores não monetários agregados ao produto final, além de cuidar da valorização de práticas e saberes tradicionais e da melhoria da qualidade de vida das famílias da localidade”, explica Paula Ceotto, gerente do Programa COPAÍBAS no FUNBIO. 

O objetivo do encontro foi que, ao final, os participantes pudessem elaborar planos de desenvolvimento para seus produtos. O mapeamento das cadeias de valor incluiu etapas como manejo, coleta e beneficiamento, chegando até a ponta final do processo, com a comercialização. Com isso, foi possível propor estratégias de melhoria, enfrentando desafios como a necessidade de diminuir a atuação de atravessadores, de aperfeiçoar a logística e de estruturar a governança. 

A metodologia apresentada na oficina tem entre suas características a orientação ao mercado, buscando identificar e oferecer produtos com bom potencial de aceitação, assim como o incentivo ao trabalho conjunto de todos os envolvidos na cadeia produtiva, visando o crescimento do mercado final. O objetivo é capacitar as equipes das organizações de base comunitária, possibilitando o aumento da renda de agricultores familiares e de comunidades tradicionais, além de estimular a abertura de novos mercados e postos de trabalho. Uma oficina nos mesmos moldes foi realizada em Porto Velho (RO), nos dias 24 a 26 de maio, e será realizada em Belém (PA), entre os dias 6 e 8 de junho.

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