FUNBIO destaca importância do conhecimento dos povos tradicionais para combater mudanças climáticas em evento da ABRAMPA

Num encontro com mais de 300 especialistas, acadêmicos, profissionais de Direito, autoridades governamentais, representantes da sociedade civil e membros dos Ministérios Públicos (MPs) de todo o país, a 22ª edição do Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente, que vai até esta sexta-feira (26), em Belém (PA), ressaltou o sentido de urgência em defesa da floresta e da sociobiodiversidade.

Promovido pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (ABRAMPA), o evento tem como mote a necessidade de uma atuação articulada e estratégica para enfrentar os desafios ambientais e teve a participação de Andréia Mello, gerente de projetos do FUNBIO, em painel sobre Mudanças Climáticas, onde foi destacada a importância da inclusão do conhecimento dos povos tradicionais na temática.

Ao longo de três dias, os participantes discutiram as ações e contribuições dessas entidades em temas como desmatamento, grilagem e destinação de terras públicas, responsabilidade socioambiental na cadeia produtiva e outros. Andréia Mello, à frente da iniciativa Diálogos pelo Clima, do Programa COPAÍBAS, participou do painel sobre Mudanças Climáticas ao lado da juíza federal Rafaela Santos Martins da Rosa, Claudio Almeida, coordenador de programas do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) e de Tarcila Britto Gomes, da Comissão de Meio Ambiente do Ministério Público.

Em sua fala, Andréia chamou atenção para a importância de se aliar os conceitos jurídicos fundamentais para a conservação da biodiversidade aos conhecimentos dos povos tradicionais. Para ela, é preciso aproximar cada vez mais essas duas importantes forças para deter os impactos causados pelas mudanças climáticas.

“Não podemos prescindir dos conhecimentos e saberes de comunidades indígenas e quilombolas, por exemplo. Precisamos que as pessoas compreendam a nossa fala. Para isso, precisamos investir em treinamento e capacitação dessas populações. Dessa forma, acreditamos que eles possam entender a complexidade do debate sobre mudanças climáticas e trazer contribuições que possam ser agregadas aos projetos desenvolvidos naquelas comunidades”, disse.

Para o presidente da ABRAMPA, Alexandre Gaio, o preocupante cenário socioambiental e de emergência climática exige uma atuação mais precisa e urgente. “É preciso consolidarmos um novo modelo de atuação e aperfeiçoarmos a forma de cumprimento dos mandamentos constitucionais de proteção ao meio ambiente dirigidos ao Ministério Público”, disse.

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